O ex-presidente Lula começou nesta segunda-feira sua caravana por Minas Gerais pela cidade de Ipatinga, no Vale do Aço. Acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, do governador Fernando Pimentel, Lula disse que está com muita energia para provar o que chamou de “acusações injustas” contra ele feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Em discurso em tom de campanha, o petista avisou: “O Lulinha paz e amor voltou. Talvez nem tanta paz nem tanto amor”.
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“Estamos começando a fazer essa caravana para que possa ser uma espécie de edição para mostrar como era o Brasil antes e como ele é hoje”, afirmou convidando a plateia que acompanhava o discurso a fazer uma comparação de como era o país durante o governo dele e atualmente.
O palanque, montado em frente a Prefeitura de Ipatinga, estava disputado com a presença de deputados da bancada mineira na Câmara, além da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (PMDB).
Ainda durante sua fala, Lula destacou que não tem medo de críticas e dos que protestam contra ele, mas garantiu que se esforçará para provar que não cometeu irregularidades.
“Eles já foram a minha casa, a casa dos meus filhos, levantaram até o meu colchão. Cada policial com uma máquina fotográfica no peito, porque eles achavam que eu tinha ouro, que eu tinha dólar.
O ex-presidente ainda mandou recado aos opositores. “Se não querem que eu seja candidato vá para a urna votar contra”, declarou. Ele voltou a dizer que, se eleito, pretende realizar um referendo para revogar as medidas aprovadas pelo governo de Michel Temer (PMDB).
Dilma e Pimentel
A ex-presidente Dilma e o governador Fernando Pimentel fizeram rápidas participações. Dilma lembrou as condições da sua saída da Presidência, classificada como “golpe” por ela e reforçou a importância do evento com Lula. Durante sua fala, Dilma foi interrompida algumas vezes pelo grito de apoiadores que a chamavam de “senadora”,em alusão a uma possível candidatura dela ao Senado por Minas Gerais.
Já Pimentel, acometido por uma rouquidão, disse que quem falava aos presentes “não era governador, mas um companheiro militante”. O governador disse que o momento era importante para relembrar os períodos “felizes” dos governos Lula e de Dilma.