Entre março e setembro deste ano, 51 servidores do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG), entre eles aposentados, tiveram em um desses meses vencimentos líquidos que variaram entre R$ 101,3 mil e R$ 318,5 mil. Ao todo, esses valores consumiram dos cofres públicos quase R$ 12 milhões. O maior contracheque pago este ano foi para uma aposentada. Em março, ela recebeu R$ 17,7 mil de salário, R$ 19,6 mil de vantagens pessoais e mais R$ 297,5 mil de indenizações, o que somou R$ 334,9 mil brutos. Descontados o Imposto de Renda e a contribuição previdenciária, ela ganhou R$ 318.522,10 líquidos. Mês passado, um servidor, também aposentado, recebeu, em valores brutos, R$ 301.927,67. A bolada líquida, descontados os impostos, foi de R$ 280.915,37.
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De acordo com o TCE, o tribunal e outros órgãos estaduais são obrigados a pagar ao servidor que requeira a conversão das férias-prêmio não gozadas, adquiridas até 29/2/94, “com base no artigo 117 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição do estado de Minas Gerais”.
A conversão em dinheiro das férias-prêmio de servidores foi regulamentada por meio de uma portaria baixada pelo TCE em abril deste ano, conforme reportagem publicada pelo Estado de Minas. Todos os salários dos servidores do tribunal podem ser consultados no site do tribunal (www.tce.mg.gov.br) na seção de transparência, no link sobre demonstrativos de despesa com pessoal.
Não é de hoje que o TCE-MG, criado para fiscalizar as contas dos municípios e órgãos do estado, vem aumentando as despesas com sua folha. Nos últimos cinco anos, ela praticamente dobrou. Em 2011, o TCE gastava R$ 218.701.780,32 com a folha de pagamento. Ano passado, o órgão auxiliar de contas passou a ter um gasto com os funcionários de R$ 422.886.207,17, crescimento de 93,36% em relação a 2011.
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