Jornal Estado de Minas

Câmara barra segunda denúncia contra Temer feita pela PGR


A Câmara dos Deputados barrou nesta quarta-feira a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB). Por volta das 20h40 o governo conseguiu alcançar a quantidade mínima de mais de 173 votos para garantir o arquivamento das denúncias de organização criminosa e obstrução de Justiça.

O placar final foi de 251 votos favoráveis ao relatório, 233 contrários, duas abstenções e 25 ausências. Desse total, a bancada mineira contribuiu com 32 votos para salvar Temer os os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-geral da Presidência, Moreira Franco.

Antes da votação, porém, a oposição deu muita canseira no Planalto. Foram mais de oito horas de obstrução da sessão que chegou a ser encerrada e novamente reabrta por duas vezes.

Apenas no final da tarde o presidente da Câmara dos Deputados, deputdo Rodrigo Maia (DEM-RJ), conseguiu alcançar os quórum mínimo de 342 parlamentares para dar sequência os tranalhos e, assim, conseguir votar o parecer.


Antes do início da votação em si, os partidos fizeram a orientação de suas bancadas.

PMDB, PP, PSD, PR, PTB, PRB, DEM, Avante, Solidariedade, PSC e PEN recomendaram voto sim ao parecer, mas PSDB e PV liberaram seus deputados a votarem como quiserem.

Os partidos de oposição (PT, PSB, PDT, PCdoB, PSOL, PPS, PHS e Rede) orientaram a bancada a votar contra o arquivamento da denúncia.

Com o voto número 172 atinge-se um terço da Casa e fica impedido o prosseguimento da denúncia.

No momento em que foi dado o voto decisivo favorável ao parecer do relator, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendava a inadmissibilidade da autorização para investigar a denúncia, já tinham votado pelo prosseguimento da denúncia 156 deputados somados a 15 ausências.

No dia 14 de setembro, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou ao STF a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer.
Em junho, Janot havia denunciado o presidente pelo crime de corrupção passiva. Desta vez, Temer é acusado de liderar uma organização criminosa desde maio de 2016 até 2017.

De acordo com a denúncia, o presidente e outros membros do PMDB teriam praticado ações ilícitas em troca de propina, por meio da utilização de diversos órgãos públicos.

Além de Temer, são acusados de participar da organização criminosa os integrantes do chamado "PMDB da Câmara": Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Todos os denunciados negam as acusações.

A sessão teve destinada à apreciação da denúncia teve início às 9h desta quarta-feira e acabou pouco antes das 22h.

 Com agências .