Em plena crise econômica, o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais vai pagar um doutorado em Portugal, com direito a diárias em dólares e passagens aéreas para um procurador do Ministério Público de Contas. A autorização para bancar o aprimoramento profissional foi aprovada pelo pleno na quarta-feira (25). Somente o curso de Direito custará aos cofres públicos 18 parcelas de 450 Euros, o que equivale a R$ 30.994,65.
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Servidor do Tribunal de Contas de Minas recebe contracheque de mais R$ 318 milPresidente do TCE-MG é acusado por conselheiro de 'abuso de poder' TCE-MG paga diárias para conselheiro na terra do MickeyServidores do TCE-MG têm aumento retroativo de 6,29%MP abre inquérito para apurar irregularidades no custeio de viagens do TCE-MGTCE de Minas suspende pagamento de viagens para conselheiros e servidoresTribunal de Contas de Minas aumenta valor de diárias de servidoresO procurador Marcílio Barrenco disse que, por enquanto, recebeu oito diárias de US$ 400 em janeiro e que, apesar de fazer jus a 30 dias, abriu mão de todo o período. Ele confirmou que terá direito a mais US$ 6 mil em diárias entre novembro de 2017 e dezembro de 2018. “O curso final termina em outubro de 2018.
Sobre o fato de o pleno ter aprovado o reembolso, o procurador, que fez o pedido para receber em fevereiro do ano passado, agora diz que não sabe se irá usufruir. “Não fui notificado. Se irão me pagar mensalidades, vou avaliar a conveniência e oportunidade de exercer o direito. Além disso, o que recebi foram as passagens e continuo exercendo as minhas funções do início ao fim do curso”, disse.
Presidente do TCE também já foi contemplado
Os únicos conselheiros que não aprovaram o reembolso do curso foram Gilberto Diniz e o presidente do TCE, Cláudio Terrão, que indeferiram o pagamento das verbas. Terrão foi um dos primeiros contemplados com a resolução do TCE que permitiu ao órgão pagar cursos para conselheiros que quisessem fazer cursos no Brasil e no Exterior.
Como mostrou o Estado de Minas à época, Terrão recebeu somente em diárias R$ 101 mil para fazer o curso de quase um ano no exterior, mesmo estando licenciado do cargo. O valor das passagens e do curso não foi divulgado. Em fevereiro, na primeira sessão do TCE transmitida ao vivo, o conselheiro substituto Licurgo Mourão insinuou que havia irregularidades nas diárias concedidas.
Em nota, o presidente do TCE, Cláudio Terrão, informou que o Ministério Público Estadual 'considerou que não havia irregularidades' noticiadas à época.
Também em abril deste ano, o ex-presidente do TCE, conselheiro Sebastião Helvécio e mais três servidores do seu gabinete receberam R$ 35 mil em diárias de viagem para participar da Sétima Conferência Ibero-Americano sobre Complexidade, Informática e Cibernética, em Orlando, na Flórida. .