A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) prestou depoimento nesta sexta-feira na Justiça Federal, em Belo Horizonte, como testemunha no processo que apura pagamentos de R$ 3 milhões em popina ao ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine.

O depoimento foi feito em uma sala de audiência no 11º andar da sede da Justiça Federal, no bairro Santo Agostinho. Ela falou via videoconferência ao juiz Sérgio Moro e na sala estavam apenas dois oficiais de Justiça e o advogado Leonardo Yarochewsky.

De acordo com Yarochewski, o depoimento transcorreu "normalmente". "Ela foi como testemunha e falou sobre o que ela sabia", afirmou, sem apresentar detalhes.

Ainda segundo o advogado, Dilma Rousseff já havia sido intimada anteriormente, e pediu para ser ouvida na capital mineira porque ela pretende permanecer alguns dias na cidade para acompanhar a mãe, que está doente. 

O depoimento estava marcado para as 11h e durou cerca de meia hora. A ex-presidente não deu entrevistas.

A petista está em Belo Horizonte desde ontem, onde participou de uma homenagem em que recebeu uma manta de linho bordado, feita com mais de 150 retalhos com diferentes criações, feito pelas mineiras Linhas do Horizonte.

Aldemir Bendine está preso em Curitiba desde julho, durante a 42ª fase das Operação Lava-Jato, batizada de Cobra, e arrolou a ex-presidente como uma de suas testemunhas. Ele é acusado pelo Ministério Público de ter recebido R$ 3 milhões da Odebrechet um dia antes de assumir a estatal, com a promessa de favorecer a empreiteira.

O ex-executivo foi nomeado para o cargo por Dilma, em substituição a Graça Foster.

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