Brasília, 27 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) criticou nesta sexta-feira, 27, a instalação da comissão especial na Câmara para analisar o projeto que atualiza a Lei de Abuso de Autoridade. Para Randolfe Rodrigues, a proposta é uma "tentativa de amordaçar promotores e juízes que não são lenientes com corruptos".
Ele defendeu que os deputados devem se debruçar sobre a proposta que põe fim à prerrogativa de foro privilegiado, também aprovada pelo Senado no primeiro semestre.
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Maia instala comissão para analisar projeto de abuso de autoridadeGilmar diz que contato com Aécio foi para falar sobre lei de abuso de autoridadeLíder do PT defende que Câmara vote sobre abuso de autoridade na próxima semanaSob protestos, abuso de autoridade volta à pautaPelo despacho, o projeto deverá tramitar com "prioridade", como exige o Regimento Interno da Casa em caso de propostas do Senado. "A Câmara dos Deputados, mais uma vez, volta perigosamente as costas ao povo brasileiro e esse ato reclama vigilância atenta da cidadania para que a impunidade não se torne novamente a palavra de ordem no País", afirmou Randolfe Rodrigues, por meio de nota.
O senador da Rede Sustentabilidade do Amapá reclamou que, enquanto Maia garantiu prioridade ao projeto de lei, manteve na gaveta a proposição que extingue a prerrogativa de foro privilegiado. "Chama a atenção o senso de urgência que as lideranças da Câmara imprimem a esse projeto de impunidade e seu silêncio eloquente quanto à PEC Proposta de Emenda à Constituição do Fim do Foro Privilegiado 10/2013, que relatei no Senado e que se encontra esquecida em algum escaninho empoeirado daquela Casa, desde 31 de maio deste ano", criticou.
Randolfe lembrou que a PEC do fim do foro chegou antes à Câmara, mas parece "não sensibilizar" os deputados na mesma proporção.
(Julia Lindner).