Brasília – O presidente Michel Temer está sendo cada vez mais pressionado a mudar a articulação política do Palácio do Planalto. Agora, a cúpula do PMDB engrossou o coro dos descontentes e quer que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, acumule a função, a exemplo do que fez às vésperas da votação da segunda denúncia contra Temer, por obstrução da Justiça e organização criminosa, barrada pelo plenário da Câmara.
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Oposição aproveita crise na base aliada e aprova convocação de ImbassahyTemer tenta negociar trégua com Maia com ajuda de ImbassahyRamalho diz que sua articulação é direta com Temer, e não com ImbassahyTemer gosta de Imbassahy e resiste a atender ao pedido dos correligionários. A ideia do presidente é fazer trocas na equipe somente em 2018, até abril, quando quem for disputar as eleições tiver de deixar o cargo. Dos 28 ministros, ao menos 12 serão candidatos e deverão abandonar o posto para concorrer.
Prestes a ser rebatizado com o nome de MDB e a adotar um perfil de centro-direita na campanha, o dividido PMDB vai reembalar sua imagem, na tentativa de amenizar o desgaste sofrido com a Lava-Jato. Com esse plano, a cúpula do partido quer voltar a ter um peemedebista na coordenação política do governo, para fazer a ponte entre Planalto e Congresso. Antes de Imbassahy, quem ocupava essa cadeira era Geddel Vieira Lima, hoje preso.
A avaliação é de que Padilha será fundamental para ajudar a recompor a base e articular alianças para 2018. Denunciado pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o chefe da Casa Civil escapou da acusação de organização criminosa junto com Temer e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Em conversas reservadas, porém, o presidente tem dito que mexer na Esplanada, neste momento, mais atrapalha do que ajuda.
Em mais um gesto para se reaproximar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o Executivo dá sinais de apoio a projetos com apelo popular, como os dos planos de saúde e da segurança pública.
irritação Temer depende de Maia para aprovar propostas de ajuste fiscal na Câmara. Foi por isso que ficou irritado com as declarações do ministro da Justiça, Torquato Jardim. O ministro acusou políticos e comandantes da Polícia Militar do Rio de se associarem ao crime organizado. O presidente pediu a Torquato que, de agora em diante, se mantenha em silêncio sobre o assunto.
Outro foco de crise foi deflagrado pela ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), que solicitou ao governo para acumular o salário de ministra com o de desembargadora aposentada, a fim de garantir vencimento mensal de R$ 61,4 mil brutos, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo. A portas fechadas, o presidente disse ter ficado “perplexo”. Ele também recebe aposentadoria como procurador do estado de São Paulo e tem desconto no salário.
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