Brasília, 06 - Mais de um mês após a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Supersalários, o colegiado ainda não foi instalado no Senado Federal por falta de membros. Até esta segunda-feira, 6, nenhum partido havia indicado nomes para compor a CPI que deve investigar o pagamento de salários acima do teto constitucional para servidores e empregados da administração pública direta e indireta. A comissão possui sete vagas para titulares e sete para suplentes.
Leia Mais
Renan Calheiros protocola pedido para criação da CPI dos supersaláriosCâmara adia instalação de comissão sobre supersalários nos três PoderesCâmara cria comissão para discutir projeto contra supersalários no serviço públicoCNJ vai apurar supersalários, diz Cármen LúciaReceita quer tributar R$ 30 milhões de servidores do MP, Judiciário e Tribunal de ContasPresidente do STF procura parlamentares para discutir supersaláriosO líder do PSDB na Casa, Paulo Bauer (SC), disse que só poderá fazer as indicações após ouvir a bancada tucana, mas garantiu que o partido "não vai se ausentar". Já o líder do Bloco composto por PSB, PCdoB, REDE, PODE e PPS, senador João Capiberibe (PSB-AP), assegurou que a legenda fará as suas indicações nesta terça-feira. Para Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a comissão é "importante, necessária, fundamental" e deve "funcionar o quanto antes".
A pressão sobre os parlamentares para instalar a CPI deve crescer após a polêmica envolvendo a ministra Luislinda Valois, dos Direitos Humanos, que apresentou ao governo um pedido para acumular o seu salário com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria vencimento bruto de R$ 61,4 mil. Como revelou a Coluna do Estadão, ela reclamava que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas.
.