Brasília - O governo jogou a toalha e espera que o Congresso aprove uma reforma da Previdência, por menor que seja. Consultores da Câmara e do Senado trabalham em uma emenda aglutinativa que estabeleça uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres; um teto único de R$ 5,4 mil de aposentadoria do serviço público e da iniciativa privada; a redução do tempo de contribuição de 25 para 15 anos; e a retirada dos inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC) das mudanças nas regras da aposentadoria.
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Em vídeo, Temer pede apoio da população para reforma da PrevidênciaMaia diz que Temer deve procurar lideranças novamente para discutir PrevidênciaLula cobra aliança da oposição para barrar Reforma da PrevidênciaMaia diz que Reforma da Previdência precisa ser enxugada para ser aprovadaApós vitória na Câmara, governo Temer prioriza reforma da PrevidênciaTeto dos gastos públicos não vale para o CongressoApesar da mudança na reforma da Previdência, governo mantém idade mínimaGoverno não desistiu da reforma da Previdência, diz MaiaTemer se reúne com Maia e ministros para discutir reforma da PrevidênciaDe acordo com cálculos de líderes governistas, isso representaria uma economia de apenas R$ 300 bilhões — a metade do valor previsto na proposta original. Isso se algo for de fato votado. “O jogo tem de ser jogado aqui dentro, claro. Mas não adianta se não tiver torcida. Se os empresários e os profissionais liberais não convencerem os deputados que votar a reforma da Previdência pode dar votos, eles não vão votar”, admitiu o vice-líder do PMDB na Câmara, Carlos Marun (MS).
Ao transferir para o Congresso o debate, a expectativa do governo é de que os parlamentares se sintam coautores da proposta. E, principalmente, das mudanças em relação ao texto original, oferecendo o discurso de que deputados e senadores “derrubaram as maldades do Planalto”.
Para o vice-líder do DEM, Pauderney Avelino (AM), as coisas só vão andar se ficarem a cargo de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE). “O Temer está desgastado politicamente. Estamos desde maio batalhando para derrubar as denúncias contra ele. Ele, pessoalmente, não tem condições de articular mais nada”, afirmou Pauderney.
MEDIDAS Em vídeo publicado nas redes sociais, Temer deixou claro a vontade de implementar o mecanismo que iguale as regras de aposentadoria entre trabalhadores. “Estamos cortando privilégios? Estamos fazendo esforço para que, hoje, e no futuro, aposentados possam receber suas pensões. E aqueles que vierem a se aposentar também possam receber suas pensões”, disse o presidente.
A declaração do presidente obrigou a equipe econômica a se desdobrar ontem.
REUNIÃO COM LÍDERES O líder do PMDB no Senado, Raimundo Lira (PB), defendeu que pelo menos uma idade mínima para aposentadoria seja aprovada ainda neste governo. Lira foi um dos 13 senadores aliados do Planalto que participaram de reunião com Temer ontem.
Ainda segundo o senador, Temer admitiu que uma reforma mais ampla deve ficar para o próximo governo. “O presidente acha que é importante uma agenda mínima da Previdência, como, por exemplo, a aprovação de uma idade mínima. E aí, uma reforma mais ampla, ficaria para o próximo governo”, contou Lira. “O presidente considera que já seria um avanço se aprovasse uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres”, acrescentou o senador paraibano. (Com agências)
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