Brasília - A pressão de partidos do Centrão, como PP e PTB, por uma reforma ministerial elevou o risco de pelo menos oito medidas provisórias (MPs) caducarem no Congresso. A maioria dos textos enviados pelo presidente Michel Temer perde a validade no dia 28 e ainda precisa ser votada nos plenários da Câmara e do Senado.
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'Reforma ministerial para melhorar é sempre boa', diz líder do governoPara líder do PP, não dá para esperar janeiro para fazer reforma ministerialOu governo faz reforma ministerial ou não vota mais nada, diz líder do PPCentrão cobra reforma ministerial para tirar PSDBO governo terá um tempo exíguo para aprovar as medidas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que só levará a votação das MPs ao plenário da Casa depois de concluir a pauta de projetos na área da segurança pública, que deve tomar todas as sessões desta semana. Na próxima, de 13 a 17 de novembro, não haverá sessões na Casa em razão do feriado da Proclamação da República, na próxima quarta-feira, 15.
Além disso, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), já afirmou que só pautará no plenário medidas provisórias que cheguem até 15 dias antes de perder a validade. Com esse calendário, Câmara e Senado terão pouco mais de uma semana para votar as oito Medidas Provisórias.
Tudo isso em meio à pressão de partidos do Centrão e da base por uma aliada reforma ministerial imediata, e não em janeiro, como o presidente avalia. Ontem, após reunião com Temer, o líder do PP, Arthur Lira (AL), disse que "não dá para esperar para janeiro". "Tem que reorganizar a base agora.
Uma reforma ministerial é defendida até mesmo pelo líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). "Quando se reforma para melhor é sempre bom", disse. O parlamentar evitou, porém, se posicionar sobre qual melhor data para as mudanças de ministros e avaliou que a rebelião na base não deve atrapalhar a votação das oito MPs. "Vamos fazer um esforço concentrado", disse. .