A Prefeitura de Belo Horizonte lançou nesta segunda-feira um programa para quitar dívidas com fornecedores e prestadores de serviço da área da saúde. Os débitos somam pouco mais de R$ 67 milhões.
Desde o início do governo de Alexandre Kalil (PHS), já foram pagos R$ 199,7 milhões referentes a dívidas de saúde contraídas entre 2014 e 2016.
De acordo com o secretário da Fazenda, Fuad Noman, a expectativa é que 40% deste valor seja pago até o mês que vem. O restante deverá ser quitado até março de 2018.
"Quando se corta privilégios, cargos comissionados, isso volta para a população", afirmou o prefeito.
De acordo com a PBH, a demanda no atendimento médico municipal cresceu 30% no último ano, em razão de usuários que saíram dos planos de saúde e estão migrando para o sistema público.
"A demanda aumentou, mas o financiamento é o mesmo. O Estado tem repassado apenas 7%, ao invés dos 25% previsto na Constituição. Arcamos hoje com 43% dos gastos, muito além dos 15% determinados em lei", completou o secretário.
Dados até o último dia 10 apontam que a PBH gastou ao longo do ano R$ 1,1 bilhão com serviços hospitalares, o que equivale a um terço do orçamento deste ano.
Além disso, outro problema enfrentado pela capital é que metade dos atendimentos realizados são de pessoas que moram em outras cidades – gasto que não é respassado pelas prefeituras correspondentes.