O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), entregou nesta segunda-feira, carta de demissão do cargo ao presidente Michel Temer (PMDB). No texto, Araújo afirma que o racha dentro do partido – uma ala defende o desembarque do governo e outra a permanência -, fez com que não exista apoio “ do tamanho que permita seguir com a tarefa”.
Desde que a relação entre tucanos e governo começou a azedar esta é a primeira exoneração de integrantes do partido do governo de Temer.
A pasta das Cidades é uma das que sempre é dada aos aliados de primeira hora, já que tem orçamento gordo para realizar obras.
Inclusive, na semana passada, o governo fez uma juntada de outros projetos e lançou o “Avançar” que pretende liberar recursos para obras até 2018. E o Ministério das Cidades foi uma das pastas que vai receber mais recursos para encaminhar as obras de mobilidade.
Partidos do Centrão vinham pressionando Temer por uma reforma ministerial que excluísse os tucanos do alto escalão. Os tucanos têm mais três pastas, Relações Exteriores, Secretaria de Governo e de Direitos Humanos.
Ainda na carta, Bruno Araújo afirmou que sob seu comando o Ministério das Cidades avançou em governança. "Recuperamos o Minha Casa, Minha Vida e a credibilidade nos compromissos financeiros. Implantamos duas ações que vão deixar marcas relevantes no desenvolvimento social do País: o Cartão Reforma e a Nova Legislação de Regularização Fundiária", escreveu.
"Preciso agradecer o apoio de toda nossa competente equipe nessas realizações, e de modo especial a sua confiança, que de trato sempre fidalgo e republicano, permanentemente nos deu autonomia em busca da melhor entrega possível a população brasileira", completa.
Em outr trecho, o tucano ainda destaca que o país "responde rápido" as ações de governança. (Com agência)