Brasília –O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar hoje à noite dois processos que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), acusados de propaganda eleitoral antecipada.
Os dois lideram as pesquisas de intenção de voto e já anunciaram publicamente a intenção de concorrer ao Palácio do Planalto em 2018. Os casos se referem à divulgação na internet de vídeos que, na avaliação do Ministério Público Eleitoral (MPE), fazem referência às candidaturas deles a presidente.
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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, marcou para 23 de novembro o julgamento de duas ações que têm relação com a Operação Lava-Jato: o foro privilegiado e o pedido de liberdade do ex-ministro Antonio Palocci, preso desde setembro de 2016 por decisão do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba.
A ministra decidiu priorizar a inclusão do habeas corpus de Palocci na pauta do plenário do STF, após o relator da Lava-Jato na Corte, ministro Edson Fachin, ter liberado o processo para julgamento na última quarta-feira. O pedido de liberdade de Palocci é o primeiro item da pauta da sessão plenária do dia 23.
O julgamento de Palocci deve contrapor mais uma vez as duas correntes internas que divergem em meio à crise política. De um lado, os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski – integrantes da Segunda Turma – têm se alinhado nas críticas à atuação do Ministério Público e às investigações da Lava-Jato, contando eventualmente com o apoio de Alexandre de Moraes. De outro, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin têm convergido numa interpretação mais rigorosa em matérias penais, com posicionamentos menos favoráveis a réus.
A Primeira Turma tem entendimento mais rígido, e a Segunda, mais flexível.
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