A Câmara Municipal de Santa Luzia recebeu nesta terça-feira, 14 de novembro, com os votos de 14 dos 15 vereadores presentes em plenário, o pedido de impeachment protocolado na semana passada contra a prefeita afastada, Roseli Pimentel (PSB). Foi instaurada uma comissão especial processante e sorteados os vereadores Neilor Cabral (Pros), Silmario (PTN) e André Leite (PSDB) para conduzirem a instrução do processo.
Leia Mais
Polícia Civil investiga fraude de R$ 21 milhões na área da saúde em Santa LuziaPrefeita de Santa Luzia é intimada para esclarecer desvio de recursos da saúdeTRE mantém cassação de prefeita de Santa Luzia e convoca novas eleiçõesVereadora de Santa Luzia e o marido são presos por envolvimento em fraudes TRE comunica à Câmara de Santa Luzia cassação de prefeita e determina novas eleições Prefeita de São Lourenço é cassada por deixar o marido governarTSE suspende eleição suplementar em Santa LuziaTRE adia eleições em Santa Luzia para 8 de abril TRE marca novas eleições para 04 de março em Santa Luzia Casa de prefeita afastada de Santa Luzia é alvo de atentado; suspeitos fugiram“O processo de impeachment está agoraem fase de instrução, na comissão especial processante. A cidade vive grande instabilidade”, considera o vereador César Lara Diniz (PCdoB). Serão arroladas testemunhas, os processos criminal e eleitoral também fazem parte das acusações do processo de impeachment.
Prisão
Roseli Pimentel foi presa em 7 de setembro, por suspeita de envolvimento com a morte do jornalista em agosto do ano passado. Ela estava presa no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte. A prefeita afastada é acusada de ter pago R$ 20 mil pela execução do assassinato e para isso, teria desviado recursos destinados á merenda escolar, simulando uma nota fiscal para a aquisição de três toneladas de mamão.
Roseli teve o mandato cassado cinco vezes este ano por processo eleitoral. Mas retornou ao cargo por causa de liminares. Ela e o vice-prefeito, Fernando Rezende, são acusados de captação ou gasto ilícito de recursos financeiros na campanha eleitoral.
Roseli já havia sido condenada em primeira instância por abuso de poder político e ecoômico: ela foi considerada culpada de ter determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.
Segundo a juíza eleitoral Arlete Aparecida da Silva Coura, Roseli teria se aproveitado de sua influência política e dos recursos municipais para favorecer a sua candidatura. A prefeita é acusada de ter determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.