A Justiça de Federal em Minas Gerais condenou o empresário Bernardo Paz e a irmã dele, Virgínia Paz. A sentença considerou que Bernardo utilizou artifícios, como a pulverização de movimentações financeiras entre as empresas de seu grupo, para lavar dinheiro proveniente da sonegação de contribuições previdenciárias. Ele foi condenado pelo crime de lavagem de dinheiro a nove anos e três meses de prisão em regime fechado. Já Virgínia teve condenação de cinco anos e três meses, em regime semiaberto.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, um conglomerado de empresas, que tinha Bernardo como presidente, era usado para provocar “confusão” contábil. O MPF ainda acusa o empresário de não cumprir com obrigações fiscais e previdenciárias. Sobre Virgínia, a sentença afirma que ela atuava para dissimular valores vindos do exterior.
Bernardo é o idealizador e curador do Instituto Inhotim, museu de arte contemporânea, localizado em Brumadinho.
Em nota, a defesa afirmou que Bernardo e Virgínia são “inocentes” e que os fatos não têm relação com o centro de arte contemporânea. “Bernardo e Virgínia são inocentes. A decisão é injusta e, por isso, a defesa já recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1º Região, onde esperamos que a decisão seja revertida e o Bernardo e sua irmã sejam absolvidos. Os fatos são de 2007 e 2008, relativos às empresas de mineração e siderurgia de que o Bernardo era sócio, e não tem nenhuma relação com o Instituto Inhotim”, afirmou o advogado Marcelo Leonardo, que defende os dois.