O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) voltou a dizer que não será candidato ao governo de Minas nas eleições do próximo ano. Eleito em 2014 para o mandato de oito anos no Senado, o tucano afirma que não está em seu planos concorrer por agora.
“Eu fico muito feliz com essa bem querência, mas eu não sou candidato nas eleições do ano que vem”, afirmou nesta quinta-feira, após participar de palestra em Belo Horizonte.
O senador vem sendo sempre cotado por correligionários para que assuma a disputa pelo governo do estado. No mês passado, um grupo de 15 prefeitos tucanos fez pressão durante reunião com ele.
O encontro foi para tratar de pautas de interesse dos municípios, mas os prefeitos que compareceram ou mandaram representantes foram unânimes em pedir mais uma vez a Anastasia que concorra ao Palácio Tiradentes.
Como o mandato do senador Aécio Neves termina no ano que vem - e ele já adiantou que pretende disputar algum cargo no próximo pleito -, Anastasia disse que o apoiará, caso ele e o partido optem por concorrer ao governo do estado.
“Vai depender dele, das condições, das circunstâncias que ele achar convenientes à sua candidatura e terá nosso apoio”, declarou.
Saída do governo Temer
Questionado sobre possível desembarque do governo de Temer, como defende parte dos integrantes do PSDB, Anastasia disse que quando o partido sair do governo não será para ser mera oposição, mas para ter independência.
“O PSDB terá posição de maior independência e autonomia, mas mantendo o apoio as reformas consideradas fundamentais”, disse.
Sobre possível aliança com PMDB, Anastasia destacou que, apesar da importância e tamanho do partido no país, a legenda tem “estrutura mais regionalizada” e nas últimas eleições tem optado por fazer alianças, por não ter um nome nacional.
“Possivelmente o PMDB deve partir para uma composição. Pode ser com o PSDB, pode ser com outro partido no centro político brasileiro”, analisou.
Aliança com PMDB em Minas
Especificamente sobre compor com o PMDB em Minas, o senador tucano ressaltou a aliança que já existe atualmente do partido de Temer com o PT do governador Fernando Pimentel, em que Antônio Andrade ocupa a vaga de vice-governador. Mas ele analisa que que a ruptura com o PT nacionalmente pode abrir brecha para eventual chapa PSDB-PMDB.
Aqui existe uma questão muito específica, que é uma composição já antiga entre o PMDB e o PT, uma aliança estadual que já existe há mais tempo, então em um primeiro momento, não sabemos como ficará. Claro que, hoje, o afastamento em nível nacional entre o PMDB e o PT pode facilitar o entendimento do estado, mas ainda vamos ter muita discussão antes de ter uma decisão sobre isso", analisou o senador.