São Paulo, 18 - Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro lançou-se neste sábado (18) pré-candidato à Presidência da República em 2018 pelo PSC. O anúncio foi feito em encontro da legenda em Salvador, na Bahia, que apresentou o economista, filiado desde outubro, à militância. "É preciso coragem para desafios do próximo ano e virada do Brasil para a prosperidade, que nós vamos ter", disse, em discurso a uma plateia que reuniu vereadores, deputados e representantes de diretórios regionais.
"É de crédito que o Brasil precisa para fazer a virada em 2018", acrescentou Rabello de Castro, após mencionar de forma genérica seu trabalho no BNDES e o os benefícios do cartão BNDES.
O presidente do banco de fomento estatal não citou na reunião se havia comunicado formalmente ao governo sua decisão de concorrer ao pleito do ano que vem. À frente do BNDES há menos de seis meses - tomou posse em 1º de junho, depois de presidir o IBGE - centrou seu discurso na atuação da instituição, como o crédito facilitado para o micro, pequeno, médio empresário para geração de empregos. "Tudo é possível desde que seja um país em que o capital e capitalismo sejam bom para todos. Se não for bom para todos, não presta. Temos que fazer capitalismo popular", afirmou durante entrevista concedida após o encontro partidário.
No discurso, não abordou o fato de lançar uma pré-campanha em pleno exercício de atividade governamental. Tampouco citou a discussão em torno da reforma ministerial, que pode também atingir dirigentes de bancos públicos.
Na capital baiana, Rabello de Castro afirmou que sempre foi simpatizante "do antigo Democratas, que era o PFL, de Antônio Carlos Magalhães, velho da Bahia, mas novo na sua disposição e coragem". "Fiz vários programas para o PFL, escrevi vários programas de governo", citou, emendando que "pensamos juntos, devemos estar juntos e construir juntos esse País".
Disse que é preciso continuar a transformação do País através de programas que incluam segurança, também no ambiente de negócios. "Não só a pessoal, a pública, no trabalho. O excesso de burocracia tira a segurança do empresário na hora de investir. Precisamos de regras claras, do Congresso Nacional estabelecendo a simplificação nos negócios", defendeu, acrescentando ver, do BNDES, investimentos aprisionados pela incerteza dos empresários em relação ao futuro.
Rabello de Castro defendeu que o Brasil tenha planos para gerar oportunidades "e ao gerar oportunidades, gera maior participação". "O Brasil tem sido paraíso das elites endinheiradas. Não podemos deixar ninguém para trás", afirmou.
(Renata Pedini Fátima Laranjeira).