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Estado de Minas

Segóvia toma posse e diz que combate à corrupção é prioridade

Fernando Segóvia também defendeu um novo capítulo na relação da PF e do Ministério Público Federal


postado em 20/11/2017 12:41

O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Fernando Queiroz Segóvia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim e o presidente da República, Michel Temer, durante a solenidade de Transmissão do Cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal (foto: Marcos Corrêa/PR)
O novo diretor-geral da Polícia Federal, delegado Fernando Queiroz Segóvia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim e o presidente da República, Michel Temer, durante a solenidade de Transmissão do Cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal (foto: Marcos Corrêa/PR)

O novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segóvia, tomou posse nesta segunda-feira (20), destacando que entre as prioridades de sua gestão  está o combate à corrupção.

 

Segóvia também defendeu um novo capítulo na relação da PF e do Ministério Público Federal (MPF). “Hoje, há uma infeliz e triste disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, mas confio no espírito de maturidade dessas instituições. É preciso escrever um novo capítulo e deixar de lado a vaidade. O único que se beneficia dessa disputa é o crime organizado”, ressaltou.

Segóvia se refere a uma queda-de-braço entre as duas instituições sobre a competência de policiais de firmar acordos de delação premiada nas investigações criminais. Para os procuradores, o dispositivo da Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013) que prevê que o delegado possa fazer acordos de delação é inconstitucional.

Prioridades

Sobre o comabte à corrupção,  Segóvia disse que  operações como Lava-Jato,  Cadeia Velha, Cui Bono e Lama Asfáltica terão foco especial,  na atuação junto ao Supremo Tribunal Federal e, ainda, em relação às varas criminais.

Às vésperas de um ano eleitoral, Segóvia disse ainda que o combate a esse crime relacionado às votações também estará no foco central de atuação da PF. A expectativa do diretor-geral é de que a corporação aja “com isenção total, independentemente de partidos políticos".

Investigações criminais

Durante a cerimônia de posse do novo diretor-geral da PF, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, condenou o que chamou de “ilações especulativas” nas investigações criminais. Ele criticou a convalidação de “imputações sem referências sólidas nos fatos e documentos”.

Evidenciando a divergência com o Ministério Público, Torquato defendeu que é preciso dizer “não à vaidade fruto da ambição ou propósitos ocultos no processo”. “Essas condutas que se desviam da ética agridem mais a sociedade que o próprio indivíduo, porque geram uma dúvida coletiva sobre a isenção da conduta de quem atua em nome do Estado”, completou.

O presidente Michel Temer participou da solenidade, mas não fez uso da palavra.

Segóvia recebeu os cumprimentos do ex-diretor-geral, Leandro Daiello, que anunciou sua aposentadoria, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União. Após quase sete anos no comando da PF, Daiello se colocou à disposição de seu sucessor, fez um agradecimento especial aos servidores e destacou o orgulho de ser policial federal. (Com Agência Brasil)


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