São Paulo, 23 - O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) criticou nesta quarta-feira, 22, a forma como o seu partido, o PPS, vem negociando a filiação do apresentador de TV Luciano Huck, que disputaria a Presidência da República pela sigla. O senador, que também tem intenção de se lançar ao Palácio do Planalto, reprovou ainda a sanha do partido em abrigar um candidato apenas pelo seu potencial de votos.
"Partido não pode escolher um nome só porque ele tem mais voto. Se for assim, não deveríamos ter candidato e ir direto apoiar o Lula ou o Bolsonaro", ironizou o senador.
Cristovam salientou que considera positiva a aproximação de Huck com o PPS. "Fico emocionado quando vejo uma pessoa realizada financeiramente e profissionalmente, no tempo em que todo mundo foge de política, querer vir para um partido fazer política", disse ao Estadão/Broadcast. "Agora, não me sensibiliza ele vir sob a condição de ser candidato a presidente. Acho muito ruim. Acho que ele devia vir disputar com os outros", afirmou.
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Para o senador, o processo e a escolha do candidato à Presidência pelo PPS deveria passar por uma consulta ao partido para mostrar "quem tem a melhor proposta, quem tem tradição e, por último, quem tem mais votos". "Além disso, de onde se tirou que Huck tem voto?", questionou Cristovam.
Licença
Cristovam anunciou nesta quarta que não vai mais se licenciar do cargo de senador. Inicialmente, a intenção era se afastar do Senado por quatro meses e iniciar a campanha como pré-candidato do PPS à Presidência. No entanto, o plano foi adiado porque seu suplente, Wilmar Lacerda (PT), foi acusado de envolvimento com uma adolescente de 17 anos. Segundo Cristovam, o afastamento está adiado até que sejam esclarecidas as denúncias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Marcelo Osakabe).