São Paulo – O presidente Michel Temer (PMDB) recebeu nesse domingo (26) visitas de parentes e aliados no Hospital Sírio-Libanês, onde está internado desde a noite de sexta-feira para ser submetido a uma angiosplastia, procedimento cirúrgico para desobstrução de três artérias coronárias.
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Após jantar com presidente, Maia afirma que prazo é curto para aprovar nova previdênciaPlanalto monta operação de guerra para aprovar reforma da Previdência Reforma da Previdência deve ficar para 2018, por falta de votos a favorCâmara promove debate sobre a reforma da Previdência; tire suas dúvidasTemer agradece aos cuidados da equipe médica em mensagem postada no TwitterMichel Temer tem alta do hospital em SP e segue para BrasíliaEle passou bem a madrugada desse domingo (26), consegue andar no quarto e atende ligações de políticos. No sábado entraram em contato com Temer os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Em geral, os contatos foram para saber sobre a saúde do presidente, mas Temer teve disposição para tratar de assuntos como a reforma da Previdência.
Por telefone, também conversaram no sábado com o presidente os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo). Pessoalmente, Temer recebeu as visitas do prefeito de São Paulo, João Doria, do ministro Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) e do deputado Fábio Faria (PSD), todas no sábado.
A alta hospitalar está prevista para hoje entre as 9h e as 10h.
A angioplastia (alargamento de artérias) foi feita em três artérias coronárias – uma delas estava praticamente 90% obstruída, o que colocava o presidente sob risco de sofrer um enfarte. Ainda assim, o procedimento não se deu em razão de emergência. Implantes de stents (microtubos de aço cirúrgico) foram feitos em duas das artérias do coração do presidente. Na terceira artéria, a angioplastia foi feita para alargamento do vaso, sem a implantação de stent.
PRESSA Temer retorna ao Palácio do Planalto para continuar as articulações para aprovação da reforma da Previdência. O governo corre contra o tempo para tentar aprovar as mudanças ainda neste ano na Câmara.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, disse no fim de semana que o Planalto atua para a retirada de “todos os obstáculos” e assim permitir a aprovação do novo texto.
“A reforma da Previdência é fundamental para o país. Não é uma questão de governo. É uma questão de país. As contas públicas não suportam o sistema atuarial que caracteriza a Previdência no Brasil”, disse Moreira Franco.
O ministro usou com exemplo a situação do estado do Rio que enfrenta problemas para o pagamento de benefícios dos servidores públicos aposentados, além da dificuldade do governo fluminense para manter os salários dos servidores da ativa.
No caso específico da reforma, Moreira Franco afirmou que acredita “no espírito público” dos parlamentares. Segundo ele, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal têm votado “com muita clareza e firmeza”.
“Os deputados e senadores saberão votar em benefício do país”, completou. Ele destacou a importância de concluir o processo ainda este ano. E, para isso, o governo tem usado sua “capacidade de convencimento”. “Política se dá por meio do diálogo”.