Ex-presidente do conselho da Eletrobrás e ex-diretora de privatização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na era Fernando Henrique Cardoso, a economista Elena Landau é considerada uma das principais referências do PSDB no setor.
Ela fez duras críticas às diretrizes do novo programa partidário do partido apresentado nessa terça-feira, 28, em Brasília pelo presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal.
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O que achou do documento com as diretrizes do programa do PSDB?
Quando cheguei na frase 'nem estado mínimo, nem máximo, estado musculoso', quase parei ali. Não é possível um documento dessa responsabilidade como uma frase dessa. Não acreditei. É cheio de platitudes, um discurso velho. Como pode um partido cuja a marca é a qualidade dos seus quadros técnicos e economistas apresentar um trabalho tão fraco como esse? Eu, Edmar (Bacha), Persio (Arida) acabamos de fazer um manifesto com muito mais ideias de debate para o futuro. Esse documento é uma coisa atrasada.
Houve uma consulta prévia do Instituto Teotônio Vilela (ITV) aos economistas ligados ao partido?
Ninguém foi ouvido.
Esperava que o PSDB fizesse um debate mais ampliado e cuidadoso nesse momento delicado que vive o partido?
Cansei de esperar alguma coisa. A gente esperava uma refundação, não veio. A gente espera uma posição firme sobre reforma da previdência, que é uma coisa básica de qualquer governo, não veio. Aparentemente o ITV fez uma série de seminários, mas nenhuma dos quadros históricos do partido foi convidado.
Na questão da Previdência, faltou uma defesa mais ousada?
Falta ousadia em tudo. Essa questão de 'estado que queremos' está ultrapassada. É o estado que podemos. Para fazer uma documento, precisa de uma coisa mais forte. Era melhor não ter feito nada.
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