Brasília - Um almoço fechado do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) com parlamentares ruralistas expôs nesta terça-feira, 28, divergências entre o pré-candidato ao Palácio do Planalto e o setor do agronegócio. O encontro foi na sede da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no Lago Sul.
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'É perigosa', avalia Maia sobre declaração de Bolsonaro'Sou o primo paupérrimo nessa história', diz Bolsonaro sobre candidaturaBolsonaro assina filiação 'pré-datada' ao PatriotaBolsonaro enfrenta críticas de líderes de frentes no Congresso"Essa campanha está nascendo como uma guerra de marketing. Estão mais preocupados em dar declarações que comovam a opinião pública do que fazer análises profundas", disse Sávio. "Às vezes somos estigmatizados. O setor agropecuário não pode e não tem o egocentrismo de pensar o Brasil só sob o olhar do campo e da produção. Olhamos questões como saúde, educação e segurança."
Uma boa parte dos deputados evitou dar declarações.
‘Porteira fechada’
Bolsonaro disse que, caso seja eleito, entregará o Ministério da Agricultura de "porteira fechada" para o setor indicar técnicos, do ministro aos assessores. O deputado Luiz Nishimori (PR-PR) disse ter gostado do discurso de Bolsonaro, mas reconheceu que não é novidade ministro da Agricultura ser escolhido pelo setor. "Isso é normal."
O pré-candidato divergiu de setores do agronegócio ao se opor a proposta de venda de terras para estrangeiros.
O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da FPA, foi questionado sobre as críticas reservadas de parlamentares a Bolsonaro. "Na verdade, o importante para a frente é que não estamos escolhendo nosso candidato", disse. Leitão ressaltou que a frente já recebeu o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito João Doria (PSDB).