São Luís, 30 - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a descartar a possibilidade de disputar a presidência da República em 2018. Em agenda no Maranhão, Doria afirmou ainda que não é o momento para conversar sobre a disputa do governo estadual, e sim momento de trabalhar. O tucano evitou comentar a crise do PSDB, mas afirmou que o partido não pode "desembarcar do Brasil".
"Não podemos é desembarcar do Brasil, o PSDB tem que estar com o Brasil e seguir um rumo certo", disse. A saída do partido do governo já foi admitida pelo governador Geraldo Alckmin, que deve assumir a presidência da sigla em dezembro, e pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Em relação à disputa interna do PSDB, Doria disse que Alckmin é o nome ideal para comandar o partido. O prefeito admite uma disputa entre o governador e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que já declarou que quer concorrer às prévias do partido para ser o nome na corrida ao Planalto no próximo ano. Doria, porém, disse acreditar que essa questão será resolvida na base do diálogo.
Quanto à possibilidade de deixar o PSDB, o tucano descartou no momento e disse que vai chegar a hora do partido mostrar as verdades para o povo brasileiro.
Na agenda extensa, estavam encontros políticos com a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e palestras a empresários e estudantes de uma faculdade particular. Doria fez questão de afirmar que sua agenda pelo País é "estritamente técnica" falando sobre sua experiência de gestão privada e agora pública. O Maranhão é uma das cinco agendas de viagens mantidas pelo prefeito após prometer reduzir o ritmo de excursões pelo País e pelo exterior.
Apesar do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), já ter chamado Doria de "Berlusconi" e "Collor Piorado", o prefeito de São Paulo não respondeu às provocações, apenas avaliou que chegou o momento do PSDB romper com a esquerda no Maranhão (PCdoB e PT). O tucano disse acreditar que o senador Roberto Rocha fará isso ao assumir o comando do partido (atualmente o diretório estadual está sob intervenção nacional).
(Diego Emir, especial para AE)