Brasília - Embora o Planalto defenda uma candidatura única à Presidência em 2018, a maioria das siglas da base aliada vê um cenário ainda incerto e evita se comprometer com nomes colocados como possíveis candidatos. Há dirigentes que falam em candidatura própria e até em apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele seja candidato.
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Dallagnol diz que 2018 será o ano da "batalha final" da Lava-JatoDecisão sobre candidatura será tomada no fim do 1º tri de 2018, diz MeirellesTemer negocia frente de siglas para disputa de 2018No domingo, Temer deve oferecer almoço antes de encontro na casa de MaiaO presidente Michel Temer articula a construção de uma ampla frente de centro-direita para ajudar na aprovação de pautas econômicas, principalmente da reforma da Previdência, e mantê-la unida até a disputa eleitoral de 2018.
Essa frente teria de fazer a defesa do legado de Temer. "Tudo vai depender de como a economia estará, como o 'Fora, Temer' ficará no próximo ano", disse o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN).
"Pode ser Alckmin, pode ser Meirelles. Mas não está descartada também uma candidatura própria nossa", afirmou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Ele diz que, atualmente, a sigla tem "pouca chance" de apoiar Lula, embora o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), tenha declarado voto no ex-presidente.
"(Lula) Foi o melhor presidente para este País, principalmente para o Piauí e para o Nordeste", disse Nogueira em entrevista à TV Meio Norte, na semana passada. "Lula é o meu candidato a presidente."
Interlocutores do ex-deputado Valdemar Costa Neto, que comanda o PR, dizem que ele trabalha para que a legenda feche aliança com Lula.
Integrantes da cúpula do PRB dizem que o nome que mais anima o partido hoje é o de Meirelles, mas, ao mesmo tempo, o partido não quer romper pontes com Alckmin.
A indefinição existe, inclusive, no PSD, partido de Meirelles. A prioridade do presidente licenciado da legenda, o ministro Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), é se eleger em uma chapa majoritária em São Paulo ao lado do senador José Serra (PSDB). O tucano é apontado como possível candidato à sucessão de Alckmin.
O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), avalia que Alckmin e Meirelles são dois nomes viáveis para serem o candidato do centro.
O PTB foi o único dos partidos até agora que diz já ter fechado apoio a um nome. "Estamos com Alckmin", disse o 1.º vice-presidente nacional da legenda, deputado Benito Gama (BA). .