São Paulo - Em palestra durante seminário na Câmara Americana de Comércio (Amcham), na Capital paulista, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, fez um discurso inflamado sobre o que se espera para o Brasil em 2018 e, sem citar diretamente a eleição presidencial, disse que "nos próximos quatro anos serão jogados os dados e as fichas dos próximos 20".
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'Não vai ser difícil ganhar as eleições presidenciais de 2018', diz LulaEleições 2018 serão terreno fértil para nomes fora da elite partidáriaMaia diz que Meirelles 'é um grande quadro' para as eleições de 2018Em BH, presidente do BNDES fala em planos e disputa ao Palácio do PlanaltoNo último dia 18, Rabello lançou-se pré-candidato a presidente da República em evento do PSC em Salvador. Mas nesta segunda-feira, antes da sua palestra, ele negou a jornalistas a possibilidade de disputar a eleição presidencial e disse que a "imprensa insiste em fazer o lançamento de uma candidatura inexistente".
Na palestra, ele afirmou ainda que o Brasil não pode entrar em 2018 "pensando pouco, voando baixo". "Temos de sonhar alto, pensar alto, temos de colocar metas de superação que jamais se colocou. Temos obrigação e dívida, não a dívida interna nem a social, mas moral, para arrumar esse País para as próximas gerações", disse.
"Se depender da reflexão das pessoas que estão nessa sala, dos que não estão e da maioria do povo brasileiro, independentemente da dificuldade que temos para dizer quem é que vai, não é ninguém quem vai, o povo brasileiro irá fazer essa revolução acontecer", acrescentou em seguida.
O presidente do BNDES elogiou a equipe econômica do governo de Michel Temer ao dizer que seu "trabalho é irretocável". No entanto, disse que o esforço não foi suficiente para "reequipar" a economia, que sofreu com diversos trimestres seguidos de retração.
Sobre o BNDES especificamente, Rabello de Castro disse que os desembolsos do ano que vem devem ficar ligeiramente abaixo do nível programado de amortizações e que, apesar das devoluções para o Tesouro, o banco deve colaborar com a chamada regra de ouro "com a maior tranquilidade".
O presidente do banco declarou também que a instituição tem estudado uma nova legislação para tratar "com mais rapidez" os casos de empresas envolvidas em corrupção.
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