Campos dos Goytacazes, 06 - As questões de gênero e raça ganharam espaço no discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, virtual candidato à presidência em 2018, no segundo dia de sua caravana no Rio de Janeiro. "Tem muita mulher que vive apanhando do marido porque depende do cara pra comer. E não é só pobre não, rico também. Agora, uma mulher independente, quando estiver de saco cheio do cara, abre a porta e manda ele embora", disse, ao falar sobre educação e direitos das mulheres, em Campos dos Goytacazes.
Lula também lembrou da importância da Lei Maria da Penha, que sancionou durante seu governo. "O safado que bater numa mulher tem que pagar, para isso fizemos a lei. A mão é pra trabalhar e fazer carinho, não pra bater em mulher", afirmou, durante o discurso no Instituto Federal Fluminense.
Ao falar sobre a importância do investimento em educação para o desenvolvimento do País, Lula também destacou a questão da mulher: "Uma mulher com educação tem mais do que uma oportunidade de estudar, de crescer. Ela tem garantida também a sua independência", disse.
Ao citar as cotas em universidades públicas, o ex-presidente ainda falou sobe a luta pelo fim do racismo. "O Brasil foi o último país da América latina a abolir a escravidão, a se tornar independente, a dar voto às mulheres, a ter uma universidade.
"Temos que parar com esse complexo de vira-lata; temos que ter orgulho da nossa raça; da cor do nosso povo. Dos africanos, dos índios, dos europeus, da nossa miscigenação", pregou.
(Roberta Jansen).