Em encontro com artistas e intelectuais no Rio de Janeiro, como parte da sua caravana pelo Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom conciliador em seu discurso, ao defender uma postura pragmática e um diálogo com a oposição em um possível retorno ao governo.
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General do Exército é destituído de cargo após elogiar Bolsonaro e criticar TemerEm primeiro discurso, Alckmin mostra alinhamento com Temer e ataca Lula Convenção do PSDB tem tumulto entre militantes -Aécio Neves surpreende e vai à convenção do PSDBEx-chefe de gerente da Petrobras diz que sustou pagamentos de contratos suspeitos'Prefiro combatê-lo na urna que vê-lo na cadeia', diz FHC sobre Lula"Não se consegue somar esses números com quem perdeu a eleição, porque suplente não vota, só vota quem ganhou. Percebe a dificuldade? E se quem ganhou não é nosso a gente tem que conversar. Aí você pode fazer acordos pontuais, pode fazer acordo programático, é possível fazer. Só é preciso saber se o outro lado quer", disse Lula. "Na política a gente cede quando é necessário e avança quando é possível", afirmou também.
Moro
Ao comentar a sua situação na Justiça, o ex-presidente disse que se decepcionou com o juiz federal Sérgio Moro, que o condenou em primeira instância a 9 anos e seis meses. Afirmou que não esperava que o juiz aceitasse a denúncia do Ministério Público, pois perceberia a falta de provas. "Eu fiquei pensando: ele está aceitando a denúncia porque no dia do julgamento ele quer passar para a história como o cara que é injusto. O cara é do mal, bicho", disse o petista.
Eleição
Além disso, Lula declarou que não será o candidato do mercado financeiro em 2018, mas que fará o mercado se adaptar à produção e ao crescimento econômico baseado no investimento produtivo.
Com isso, o petista afirmou que espera encontrar o "ponto G" da metade do brasileiro durante a campanha. "Vamos fazer uma coisa diferente, mais moderna, mais tchan", disse.
Lula também declarou que acredita que a solução para a economia do Brasil está no estímulo ao mercado interno e à produção nacional. Segundo ele, crescer por meio do mercado interno "é mais fácil" do que aumentar as exportações. "Se o povo tiver um pouquinho de dinheiro, o que você produzir vai vender", disse, acrescentando que também é possível "criar alguma dificuldade na entrada de determinados produtos".
(André Ítalo Rocha - andre.italo@estadao.com).