Brasília – O ano legislativo começa com temperatura elevada em 2018. Logo nos primeiros dias de fevereiro, mês que os parlamentares voltam do recesso, o governo federal vai tentar emplacar as negociações sobre a reforma da Previdência Social para conseguir os votos que ainda faltam.
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Governo e aliados não se entendem sobre reforma da Previdência; veja quais são as mudanças propostasProposta mais branda de Previdência beneficia metade dos servidores federaisNovo ministro nega flexibilização no texto da reforma da PrevidênciaMeirelles pinta o caos se reforma da Previdência não for aprovadaPedidos de aposentadoria crescem com a reforma da PrevidênciaQuem defender reformas não terá como se dissociar da minha gestão, diz TemerApesar dos entraves, o presidente Michel Temer garantiu que “empenho não faltará” para que o texto seja aprovado. De acordo com o chefe do Executivo, faltam alguns votos para alcançar os 308 necessários para que o governo saia vitorioso no primeiro turno na Câmara. O discurso foi feito na última sexta, quando empossou o mais novo ministro, o secretário de Governo, Carlos Marun, que será encarregado de fazer a articulação com o Congresso. O ministro diz que a data para apreciação do texto é “extremamente adequada”.
Segundo Marun, a dificuldade para a conquista de votos será menor quando a maior parte da população e dos parlamentares estiverem conscientes da necessidade da reforma.
A base aliada diz que a postergação é oportuna para assegurar o número de aprovação que é preciso. Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do governo na Câmara, destacou que a decisão de adiar a reforma foi estratégica para que o Executivo reverta a resistência ainda existente. “Mas as condições para a aprovar a reforma melhoraram, porque as pessoas estão mudando a percepção que tinham sobre a proposta. Sabemos que há uma injustiça previdenciária, que privilegia os mais ricos. Por isso, a reforma só pega os grandes”, aponta.
Gerações
O líder do PMDB na Casa, Baleia Rossi (SP), também diz que todos estão otimistas com a aprovação.
O líder do DEM na Câmara, deputado Efraim Filho (PB), é mais cauteloso. Para ele, é necessário esperar o recesso parlamentar para ver se há chances para a votação. “Depende das circunstâncias. É preciso esperar fevereiro”, avalia.
A alteração apresenta resistência do Planalto, que não quer mais mexer no texto. A nova medida que permite a regra de transição a qualquer funcionário público ingresso antes de 2003 é um dos pleitos dos servidores, que pressionam os deputados..