O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, evita usar sua conta pessoal no Twitter para defender a reforma da Previdência, gestada em sua pasta e considerada essencial pelo governo Michel Temer. Desde maio, quando ingressou na rede social, Meirelles escreveu três vezes sobre a "Previdência" - a última na sexta-feira, 15, depois que o governo postergou a votação no Congresso para 19 de fevereiro, por falta de votos. As únicas duas menções anteriores ocorreram em 11 de setembro.
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Linguagem coloquial
A reportagem analisou o conteúdo postado por Meirelles, que contratou uma equipe particular de mídias sociais para auxiliá-lo nas postagens e monitorar as reações, conforme a assessoria da Fazenda.
O Ministério da Fazenda disse que Meirelles "abriu um canal direto de diálogo" com seu ingresso na rede social e "utiliza o Twitter para debater os resultados concretos da política econômica na vida da população, sobretudo o crescimento e a recuperação econômica e a queda da inflação ou outros temas por ele escolhidos".
"A defesa da reforma da Previdência também tem sido feita pelo ministro em manifestações públicas e entrevistas a meios de comunicação com alto nível de audiência", afirmou a assessoria do ministério.
Apesar de evitar a reforma previdenciária no Twitter, Meirelles tem debatido o tema diariamente em agendas de trabalho e eventos públicos.
O ministro ainda interage pouco nas redes. Limita-se a postar conteúdo de forma unidirecional, não entra na conversa nem debate com internautas. Tem o costume de redistribuir a seus seguidores entrevistas e reportagens que lhe agradam e postagens de personalidades como o comentarista Ricardo Amorim, o blogueiro Reinaldo Azevedo e o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo.
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