O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB/RR), voltou a ser hostilizado em público. Dessa vez, Jucá foi vaiado e chamado de ladrão durante a inaguração do teatro municipal de Boa Vista, em Roraima, no sábado (16).
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Senador Romero Jucá é hostilizado em avião e tenta tomar celular de passageiraApós expulsão do PMDB, senadora Kátia Abreu chama Jucá de 'canalha' e 'crápula'Raquel Dodge reforça denúncia de Janot contra Jucá e Jorge GerdauServidores da saúde de Minas entram em greve pelo não pagamento do 13ºEm novembro passado, Jucá foi hostilizado dentro de um avião pela passageira Rúbia Sagaz, que o questionou sobre áudio revelado pela Operação Lava-Jato, em maio deste ano. No grampo, Jucá sugere um pacto para barrar a operação.
Entenda
Jucá foi citado nos depoimentos de delação premiada de ex-diretores da empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava-Jato.
Atendendo aos pedidos do Ministério Público, dois inquéritos foram abertos no Supremo Tribunal Federal para investigar exclusivamente Romero Jucá.
Em um deles, os procuradores sustentam que o senadorr teria recebido R$ 4 milhões para atuar de acordo com os interesses da Odebrecht no Congresso Nacional, auxiliando a aprovação de uma resolução que reduziria a disputa fiscal entre os estados para o desembarque de mercadorias em portos.
E um segundo inquérito, no qual são citados diversos parlamentares que teriam atuado em favor da empresa no episódio da licitação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, Jucá teria recebido, segundo o Ministério Público, R$ 10 milhões da empreiteira e da construtora Andrade Gutierrez.
Juntamente com seu filho, Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, o senador é alvo de um terceiro inquérito no qual são apontadas irregularidades com o objetivo de a Odebrecht ver aprovada outra legislação favorável a seus interesses. Para isso, o parlamentar teria solicitado doações a seu filho, que concorria ao cargo de vice-governador de Roraima, no valor de R$ 150 mil..