Servidores da saúde estadual anunciaram una greve na manhã desta segunda-feira. A acetgoria cobra do governo de Mina o pagamento do décimo terceiro e o fim dos atrasos e escalonamento de salários que ocorrem desde 2016.
A greve foi iniciada após uma assembleia ocorrida nesta manhã e convocada pelo Sindicato Único dos Trabalhadores de Saúde de Minas Gerais (SindSaúde/MG). Na reunião, os servidores optaram pela greve, alegando que a saúde pública foi colocada em segundo plano pelo governo, que priorizou os pagamento dos benefícios somente para os policiais militares, civis, bombeiros e agentes penitenciários.
Após a assembleia, ocorrida no prédio da Hemominas na Alameda Ezequiel Dias, na área hospitalar da capital, os servidores saíram em protesto até Praça Sete, na Avenida Afonso Pena. O fluxo de veículos chegou a ser impedido por volta de 12h, mas, segundo a BHTrans, o trânsito foi liberado cerca de 20 minutos depois.
Outros atos, segundo o SindSaúde, estão programados e devem ocorrer durante a greve. Os servidores vão realizar assembleias diárias para discutirem as propostas que serão enviadas pelo Secretaria de Estado e Fazenda de Minas Gerais. As paralisações no serviço afetam, conforme o sindicado, o atendimento na Hemominas, Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Educação
Na sexta-feira, o governo anunciou as datas de pagamento do benefício natalino somente para os profissionais da segurança pública. A medida irritou ainda mais os sindicatos de outras categorias, que já vinham cobrando uma definição. A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), Beatriz Cerqueira, considerou “desastrosa” a posição do governo de “ excluir do anúncio do pagamento do 13º salário 90% do funcionalismo”.
Ela citou entrevista do secretário de Planejamento, Helvécio Magalhães, ao Estado de Minas, no qual ele admite que o 13º não deve sair este ano para o restante do funcionalismo. “Se tem recursos para o pagamento, o mesmo deve ser feito para todo o funcionalismo e não estabelecer privilégio”, diz em nota o Sind-Ute. O sindicato reclama que nenhuma reunião com os sindicatos para tratar do assunto foi marcada.
O sindicato dos auditores fiscais (Sindifisco) também cobrou tratamento isonômico com os servidores militares. O órgão está estudando medidas judiciais contra o governo.
A Secretaria de Estado e Fazenda de Minas Gerais foi procurada pela reportagem do em.com.br, mas ainda não se posicionou. Quando isso ocorrer, esta matéria será atualizada.
* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais
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