O deputado federal Wladimir Costa (SD/PA), que ficou conhecido como o deputado da tatuagem, teve o mandato cassado na noite dessa terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. A punição foi por abuso de poder econômico na eleição de 2014, quando ele alcançou o quarto mandato na Câmara dos Deputados. O parlamentar permanece no cargo até que o caso seja julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Wladimir Costa ficou conhecido nacionalmente por tatuar o nome do presidente Michel Temer (PMDB) no braço. Depois, ele admitiu que a marca era falsa e a removeu. No impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ele também chamou a atenção ao soltar em plenário um rojão, só que de confetes.
O mandato foi cassado por unanimidade. No relatório, o desembargador Roberto Moura disse que a gravidade dos crimes ficou comprovada de forma incontestável. Segundo o TRE do Pará, Wladimir Costa declarou gastos de R$ 61 mil com publicidade, mas na apuração do processo ficou comprovado que ele gastou R$ 400 mil.
Além dele, a dona da gráfica responsável pelo material de campanha foi condenada. Segundo o magistrado, o gasto apurado corresponde à soma dos gastos totais de três outros candidatos no pleito. “O valor das contas não prestadas é expressivo, principalmente se comparar aos outros”, disse o desembargador.
Além da perda do diploma, Wladimir Costa foi condenado à inelegibilidade por oito anos.
Por meio de um assessor de seu gabinete, Wladimir Costa informou que vai recorrer da decisão.