Brasília - Apesar da popularidade do governo do presidente Michel Temer ainda estar em baixa, o gerente executivo da unidade de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, avaliou que a houve um pequeno aumento nos indicadores positivos em relação à confiança e aprovação do peemedebista.
O gerente executivo da CNI observou que de setembro para cá, houve uma redução significativa das notícias desfavoráveis ao governo, entre elas os temas relacionadas à corrupção (caiu de 44% para 19% o número de entrevistados que se recordavam mais desse noticiário).
Agora, com um debate maior sobre a reforma da Previdência e a mudança de campanha do governo, se tornou o tema mais lembrado pelos entrevistados, com 19%. "A mudança de estratégia do governo ajudou. Quando o governo entrou nesse debate, a gente percebeu uma grande contrariedade da associação dos funcionários públicos", completou.
Para Fonseca, a mudança do discurso do governo sobre os "privilégios" aos servidores públicos pode ter ajudado na melhora da imagem entre o grupo de entrevistados com mais de 55 anos e os que têm baixa escolaridade. Ainda assim, a pior avaliação do governo continua sendo no Nordeste e entre a população de menor renda.
A Pesquisa da CNI/Ibope divulgada na manhã desta quarta-feira, 20, mostrou que a avaliação negativa do governo Michel Temer caiu de 77% para 74%, ante a última pesquisa divulgada em setembro. De acordo com o levantamento que mediu a popularidade do governo Temer, subiu de 16% para 19% a avaliação regular do governo e de 3% para 6% os que disseram que o governo é ótimo ou bom.
Fonseca disse que ainda não é possível dizer se o presidente Michel Temer será ou não um bom cabo eleitoral em 2018. "A gente está com uma eleição confusa, complexa. Hoje é muito difícil a gente prever o que vai acontecer em 2018", comentou.
A pesquisa da CNI/Ibope agora divulgada, a ultima de 2017, foi feita entre 7 e 10 de dezembro, com 2 mil pessoas em 127 municípios. A margem de erro estimada é de dois pontos percentuais para mais ou menos e o nível de confiança utilizado é de 95%.
(Daiene Cardoso e Renan Truffi)