Em café da manhã com jornalistas nesta quarta-feira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não teme ser preso, faltando pouco mais de um mês para o julgamento do caso do tríplex do Guarujá pelo Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4).
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Lula perde ação por danos morais contra Deltan DallagnolAprovação de Lula cresce, mostra IpsosFachin nega recurso de Lula para afastar Moro de investigações'Não vou ser mais radical', afirma LulaLula foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex. O TRF-4 vai julgar o recurso e caso a sentença de Moro seja mantida o ex-presidente terá sido condenado em segunda instância.
Durante quase duas horas e meia, Lula reiterou várias vezes que é inocente e, portanto, a única hipótese para a Justiça é absolvê-lo. O ex-presidente disse que não quer ser um mártir.
"Não quero passar para a história como um inocente condenado", afirmou.
O petista voltou a desafiar Moro e o Ministério Público a apresentarem provas de que ele é o dono do apartamento construído e reformado pela empreiteira OAS, alvo da Lava-Jato. "A única chance que tenho é pedir provas. Não é possível que alguém seja dono de uma coisa que não é dono", afirmou.
Lula, no entanto, admitiu que o país vive uma "anomalia jurídica". Segundo ele, Moro e o MPF criaram uma narrativa falsa da qual não conseguem se libertar. "Eles ficaram sem rota de fuga", disse Lula.
Embora insista na tese de absolvição por inocência, o petista disse que continua na disputa presidencial seja qual for o resultado do julgamento no TRF-4 e, se for condenado, pretende usar todos os recursos jurídicos aos quais tem direito.
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