Ficou para amanhã uma definição do pagamento do 13º salário deste ano aos servidores públicos estaduais. O governo mineiro desmarcou o encontro que teria nesta manhã com representantes dos sindicatos da categoria.
A Assessoria de Imprensa do governador Fernando Pimentel (PT) informou apenas que a reunião para tratar do abono de Natal será realizada nesta sexta-feira, em local e horário ainda não definido.
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público (Sindpúblicos), Geraldo Henrique, disse que foi pego de surpresa com o adiamento da reunião.
“Não comunicaram nada conosco. Estamos vendidos, no ar”, reclamou. Segundo o sindicalista, em contato com representantes do Executivo, na manhã desta quinta-feira, ele foi informado apenas que não há qualquer definição sobre o pagamento da verba.
Já o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUte) busca na Justiça conseguir o pagamento do 13º salário dos servidores da área de educação.
Com dados do Dieese, o sindicato apresentou ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) números sobre o não cumprimento das cotas mínimas de repasses para a educação no estado.
O governo de Minas tem até sexta-feira (22) para se manifestar em um mandado de segurança que tramita no TJMG.
"O dinheiro para a educação foi arrecadado. Se não tem mais esse dinheiro é porque ele foi usado para outras coisas. Esperamos que o TJMG não desampare trabalhadores que precisam muito receber esse salário", afirmou Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sind-ute.
O governo mineiro já anunciou as datas de pagamento do benefício natalino somente para os servidores da segurança pública (policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários) e da saúde. A primeira parcela será depositada em 26 de dezembro e a segunda, em 19 de janeiro.
A expectativa é que o estado quite a folha do 13º até meados de março de 2018, como ocorreu neste ano. Até então Fernando Pimentel contava com a aprovação, no Congresso, do projeto de lei da securitização das dívidas dos estados que garantiria recursos para acelerar a quitação do benefício. No entanto, nessa quarta-feira o projeto foi retirado de pauta e ficou para o ano que vem.
Outra alternativa é quitar a folha extra com o IPVA, que começa a ser pago em janeiro. O valor emitido pela Secretaria da Fazenda é de R$ 5,12 bilhões e a expectativa é de que cerca de 30% dos donos de veículos paguem o tributo em parcela única, no mês que vem.