Coordenador da bancada de Minas na Câmara dos Deputados, Fábio Ramalho (PMDB) avalia que 2017 foi um ano positivo para o estado – embora tenha amargado a derrota com a venda de quatro usinas da Cemig para a iniciativa privada. Ele avisa: a relação com o Palácio do Planalto em 2018 será pautada pelo diálogo e nunca por pressão, especialmente quando o assunto é a polêmica reforma da Previdência. “Na marra a gente não vai fazer nada. Ele tem que saber que a gente vai votar a reforma da Previdência só se a gente estiver de acordo”, disse.Leia Mais
Maia quer manter Fabio Ramalho próximo do esforço de aprovar reformasDeputado mineiro acredita na chance de se eleger presidente da Câmara
A principal pauta que Minas Gerais tem, e isso já vem de muitos anos, é a questão da Cfem (royalties da exploração mineral), que vale mais que 10 ministérios ou usinas da Cemig. Nós vencemos uma batalha com as maiores mineradoras fazendo pressão. Conseguimos agora fazer justiça com essa questão.
Foi um ano positivo para o estado, então? Muitas coisas não ficaram só na promessa?
Não são só promessas, esses casos que eu te falei têm recursos garantidos. A 367, por exemplo, tivemos um problema ambiental. E problema ambiental demora um ano para resolver. Na 381 também tivemos um problema ambiental e agora a obra está sendo feita a todo vapor. O ano foi positivo. Temos mais R$ 250 milhões empenhados agora no final do ano para a saúde em Minas Gerais, temos empenhados mais R$ 100 milhões na segurança. São recursos extras que estão destinados a Minas e que chegarão ao longo do ano.
O projeto que garantiria o 13º dos servidores de Minas ficou para 2018. Faltou força política dos mineiros junto ao governo Temer?
O governo federal está no caminho errado de querer fazer troca.
Minas foi a bancada mais fiel ao presidente Michel Temer nas votações envolvendo as denúncias contra ele. Era esperado que houvesse um tratamento diferente do Planalto?
Naquela questão das duas denúncias, nós, da bancada de Minas, olhamos o que era melhor para o Brasil.
Por que Temer não veio ainda a Minas?
Ele até viria agora, mas teve aquele problema de saúde e ele se internou em São Paulo. Viria em um dia e internou um dia antes em São Paulo (no último dia 13, o presidente teve que ser internado para uma cirurgia de desobstrução da uretra. A expectativa era de que ele viesse a BH no dia 14 para a solenidade que marcou o funcionamento de 100% dos leitos do Hospital do Barreiro). Agora acho que ele vai vir no dia em que ele achar que deve.
Como vai ser a relação dos mineiros com o Planalto em 2018?
A relação vai ser da mesma maneira que tem sido, sempre no diálogo e nunca na marra.
.