Jornal Estado de Minas

Nova ministra do Trabalho segue pegadas do pai, confira o perfil de Cristiane Brasil


A nova ministra do Trabalho, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ),  44 anos, não deixa de ter uma carreira política controversa. A advogada é faixa preta de caratê e filha do ex-deputado e pivô do escândalo do mensalão Roberto Jefferson, e tem características parecidas, apesar de não utilizar o sobrenome do pai.

O ex-deputado foi escudeiro do ex-presidente Fernando Collor, e Cristiane tem se mostrado fiel ao presidente Michel Temer, tanto que teve o nome cogitado para assumir o Ministério da Cultura no lugar do ex-ministro Roberto Freire.

A deputada votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, da Reforma Trabalhista, da emenda do teto dos gastos e do arquivamento das duas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o peemedebista na Câmara dos Deputados.

Cristiane, 44 anos, foi citada em delações da Lava-Jato, na Odebrecht e na JBS. Ela foi alvo de críticas na Câmara ao tentar limitar o uso de trajes sensuais no Legislativo. A nova ministra também lidera a lista de parlamentares baladeiros de Brasília.

Cargo em estatal


Cristiane Brasil, de 44 anos, entrou no mundo político ao ganhar um cargo comissionado na Eletronuclear, empresa de controle estatal responsável por administrar as usinas nucleares brasileiras.

Sua contratação, em 2001, ocorrida na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e mantida durante pouco mais de três meses pelo sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é atribuída à influência de Jefferson nesses governos.

Em outubro de 2004, Cristiane disputou sua primeira eleição e se tornou vereadora no Rio de Janeiro, função que exerceria mais outras duas vezes. Em 2014, ela se elegeu deputada federal pela primeira vez.

Na Câmara, a parlamentar propôs um limite máximo de dois mandatos para presidente, governadores e prefeitos.

Propôs ainda um código de vestimenta para proibir o uso de minissaias e decotes por mulheres que atuassem na Casa. "Queremos corrigir um erro histórico", afirmou.

(Com Agências Estado)_

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