Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá acompanhar de São Paulo o julgamento que definirá o seu destino político, no próximo dia 24. Advogados aconselharam o petista a não participar de manifestações em Porto Alegre, onde fica a sede do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), sob o argumento de que é preciso cautela para evitar confrontos e acirramento de ânimos.
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Chefe de gabinete da Presidência do TRF4 pede prisão de Lula no FacebookPT prepara série de atos antes do julgamento de Lula pelo TRF-4Justiça tenta evitar que julgamento de Lula se transforme em um comícioPT convoca vigília em BH para julgamento de Lula Vaquinha do PT para julgamento de Lula aceita crédito, débito e boletoDirigentes do PT já trabalham com a perspectiva da condenação de Lula pelo TRF, mas, mesmo assim, manterão sua candidatura ao Palácio do Planalto até o último recurso na Justiça. Se Lula for condenado no caso do triplex do Guarujá em segunda instância, ficará inelegível pelos critérios da Lei da Ficha Limpa. Poderá, no entanto, permanecer na campanha deste ano até que todos os questionamentos (embargos) de sua defesa sejam analisados.
A estratégia do PT consiste em partir para o enfrentamento no palanque, na tentativa de defender Lula. É provável que, em um cenário de condenação, a candidatura do ex-presidente seja impugnada, mas o cálculo dos petistas é de que, até isso ocorrer, ele conseguirá passar a ideia de "perseguição política".
A cúpula do PT avalia que, se Lula for impedido de concorrer e sua prisão for decretada, ele virará "mártir" e será importante cabo eleitoral. Embora oficialmente todos os dirigentes do partido digam que não há plano B para o caso de o ex-presidente não disputar, a aposta, até agora, recai sobre o ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT).