Brasília e Vitória - Os três principais pré-candidatos à Presidência da República que disputam a representação do centro já articulam nomes para formar equipes para o programa econômico e a estratégia de marketing eleitoral. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), vêm conversando com economistas que têm uma linha de orientação próxima a adotada atualmente pelo governo Michel Temer. Defendem o saneamento das contas públicas, uma agenda reformista e uma menor participação do Estado na economia.
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Por Planalto, Maia monta equipe e agenda viagensMaia e Meirelles ''brigam'' pelo título de "pai" da reforma da PrevidênciaMaia diz que topa correr risco em eleição, mas não topa aventuraNa terça-feira, 9, o governador Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, já havia se antecipado e anunciou que terá um coordenador econômico em uma semana. Sem mirar diretamente nos líderes das pesquisas de intenção de votos - Lula e Jair Bolsonaro (PSC-RJ) -, Alckmin trabalha para sair na frente ao menos em relação a Maia e a Meirelles. Entre os conselheiros do tucano estão os economistas Persio Arida, Roberto Giannetti e Yoshiaki Nakano. Persio será o líder do grupo.
À frente da Fazenda, Meirelles conseguiu montar uma equipe econômica apelidada de "time dos sonhos", que ajudou o governo a ganhar confiança dos investidores nos novos rumos da política econômica deTemer.
A interlocutores, ele afirma que só vai pensar em formação de equipe de assessores de campanha em abril, caso decida se candidatar. O problema maior, porém, não está na formulação de um programa econômico, já que ele poderia reunir com alguma facilidade uma equipe de colaboradores.
Na economia, o ministro poderia buscar apoio até mesmo de alguns dos economistas que hoje compõem sua equipe na Fazenda: Eduardo Guardia, Fabio Kanczuk, Ana Paula Vescovi, Mansueto Almeida e Jorge Rachid (Receita Federal).
Perfil
Carioca, Lisboa tem 53 anos e é diretor-presidente do Insper. Doutor em Economia pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2005, no primeiro mandato de Lula. "Não comento conversas. Falo com todos que querem conversar sobre economia", disse Lisboa ao Estadão/Broadcast sobre assessorar Maia.
O economista se aproximou de Maia durante a discussão da reforma da Previdência. Maia também já enviou um assessor a São Paulo para receber orientações do economista.
Barros, por sua vez, é dono da agência de publicidade Propeg, que atua no ramo há mais de 50 anos. Ele foi um dos marqueteiros das campanhas presidenciais de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994 e 1998.
ACM Neto afirmou nesta quarta-feira, 10, que o DEM não descarta a possibilidade de lançar Rodrigo Maia (RJ), mas também poderia apoiar outros nomes, como o do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), nas eleições de outubro.
"Dos atuais quadros do DEM, o nome que nós colocamos é o do presidente Rodrigo Maia. Maia teve um papel importante agora nesses últimos dois anos como garantidor da estabilidade política do País, da retomada da agenda econômica do Brasil, mas isso não significa uma imposição do DEM. Estamos abertos ao diálogo com outros partidos. O nosso diálogo com o governador Paulo Hartung é um exemplo disso. Hartung é um nome que não pode ser desconsiderado, que pode disputar qualquer cargo", disse ACM Neto em entrevista à rádio CBN.
ACM Neto, que em fevereiro deve ser oficializado como presidente nacional do DEM, na convenção do partido, participou, em Vitória, de uma solenidade para liberação de recursos para o Estado, com a presença de Hartung, de Maia e do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM).
A agenda pública ocorreu em meio às movimentações de Maia e aliados para a construção de sua candidatura presidencial. No entanto, na capital capixaba, o presidente da Câmara desconversou sobre pretensões eleitorais e disse que discutir a corrida presidencial agora "passa por certa arrogância e atropelo".
No entanto, Maia falou da possibilidade de candidatura única, ou com dois, três ou mais partidos, mas apenas se estiver de acordo com a "vontade da sociedade e dos partidos que estão representados". .