A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, recebe nesta segunda-feira (15) o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores. O tema principal do encontro, segundo fontes ligadas ao Judiciário, são os preparativos para a segurança dos magistrados, no dia do julgamento do ex-presidente Luís Inácio Lula, marcado para o dia 24. O temor é que as constantes ameaças recebidas por e-mail, telefone, até redes sociais e até por carta, de invasão no local e até agressão à pessoa dos desembargadores se concretizem.
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“É muito exagerado. Revela desconhecimento do momento político que o Brasil vive.
Clima de ódio
A deputada Maria do Rosário reitera que, se houve alguma ameaça, não partiu dos militantes petistas. “O país vive um clima de ódio inaceitável. Só lamento que o Judiciário tenha sido contaminado por esse clima”. O que os militantes não vão aceitar calados são as provocações de pessoas infiltradas ou repressão exagerada das forças policiais.
Várias caravanas começar a sair, principalmente de estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em direção ao Rio Grande. De acordo com Vladimir Nepomuceno, consultor de várias entidades sindicais e movimentos sociais, “as manifestações serão em um parque fechado em frente ao tribunal. “E como Lula não deve estar lá – apenas os advogados -, vai haver menos tensão”. A orientação dos organizadores é de que ninguém revide a provocações. “Quem briga, perde a razão, mesmo que esteja certo”.
“Ainda não se conhece os autores das mensagens ameaçadoras. Suspeitamos que vieram de grupos que querem jogar a culpa no PT e convencer a sociedade de que os apoiadores de Lula são arruaceiros”, ressalta Nepomuceno. Tanto os que intimidaram o tribunal, quanto os manifestantes, devem ficar atentos às consequências dos seus atos, segundo Daniel Dialski, criminalista e sócio do Bialski Advogados Associados.
Após identificados, os que enviaram as mensagens podem ser condenados por incitação ao crime e obstrução à Justiça (pena de 3 a 6 meses de reclusão) e injúria ou difamação (6 meses a 2 anos). Caso não cumpram eventuais ordens de autoridades responderão por crime de desobediência (de 6 meses a 2 anos). “Mesmo que as investigações policiais terminem antes do dia do julgamento, aqueles que infringirem a lei serão incriminados, porque eles sabiam o que estavam fazendo”, explicou Bialski.
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