O presidente do PTB, Roberto Jefferson, disse nesta terça-feira, 16, que está mantida a indicação da sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), para o cargo de ministra do Trabalho do governo Michel Temer.
Jefferson minimizou a possibilidade de o partido indicar um novo nome para a vaga, diante do impasse judicial em torno da nomeação de Cristiane.
A hipótese de uma indicação alternativa foi ventilada novamente nesta semana e teria como suposto patrocinador o líder da bancada do PTB na Câmara, deputado Jovair Arantes (GO). Jefferson disse que conversou com o colega de partido durante à tarde e negou que isso esteja em discussão.
"Ele [Jovair Arantes] me ligou da Jamaica há meia hora. Ele me disse: 'Roberto, eu estou contigo e com a Cris, isso aí não é verdade. Eu não sou homem de duas caras, quero te dizer que isso não é verdade'.
Foi isso que ele me disse", afirmou o presidente da legenda ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. A reportagem não conseguiu localizar Jovair Arantes para comentar os fatos.
Um parlamentar da bancada afirmou, em condição de anonimato, que o líder do PTB estaria incomodado com a situação. Ele teria manifestado preocupação diante do clima de paralisação no Ministério do Trabalho, pasta controlada pelo partido. Roberto Jefferson também rebateu esta hipótese.
"Não existe isso, porque o secretário-executivo [Helton Yomura] toca tudo. Tem um ministro tocando, que é o secretário-executivo", explicou. O presidente do PTB reafirmou ainda a estratégia de continuar recorrendo na Justiça para que sua filha possa assumir o posto no governo.
"Sim, [vamos continuar com essa estratégia] até o julgamento de mérito. Por enquanto é só incidente processual, ninguém entrou no mérito da decisão. Está todo mundo julgando qual é a vara [que tem competência para analisar o caso".
Nesta segunda-feira, 15, o juiz federal Vladimir Vitovsky, que está atuando como substituto no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no Rio de Janeiro, negou os embargos de declaração apresentados pela Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar derrubar a decisão liminar que suspendeu a posse de Cristiane Brasil. Assim, ela continua proibida de assumir o cargo.