A viagem aos Estados Unidos está fazendo muito bem às pretensões eleitorais do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Após evento ontem no Brazil Institute do Wilson Center, em Washington, o deputado admitiu que, se chegar aos 7% de intenção de voto — atualmente aparece com apenas 1% nas pesquisas de opinião —, poderá começar a pensar a concorrer ao Planalto em outubro. É uma régua bem mais generosa do que a imposta ao tucano Geraldo Alckmin, por exemplo, que deveria ter entre 10% a 15% para ser considerado viável pelos correligionários. “Hoje, não (sou candidato), eu tenho 1% nas pesquisas. No dia em que eu tiver 7%, as coisas melhoram muito”, afirmou ele.Leia Mais
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A justificativa para a diferença de projeção entre DEM e PSDB é política.
Maia está desde sábado em um giro pelos Estados Unidos e pelo México. Ontem, voltou a defender a votação de reformas que permitam a reestruturação e o equilíbrio fiscal do Estado brasileiro. E que, a partir daí, seria possível pensar na criação de programas sociais sustentáveis.
O presidente da Câmara causou polêmica ao criticar o Bolsa Família, principal programa social federal. Para ele, acaba por criar dependência nos beneficiários. “Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social.
Para Efraim, Maia tem mais uma vantagem — o fato de não precisar se desincompatibilizar do posto em abril para concorrer. “Ele terá tempo para analisar os cenários e contará, ao seu redor, com uma agenda política e legislativa que o fortalece”, completou o líder do DEM. Para outro cacique do partido, os polos (Lula e Bolsonaro) vão acabar se eliminando e o caminho, naturalmente, será pelo centro.
“Para mim, Rodrigo Maia é um nome que está sabendo aproveitar a oportunidade. Tem sido um presidente muito competente e se tornou avalista dessa recuperação econômica”, afirmou o dirigente partidário. Ainda assim, a aposta é pela espera. “Querer, o sujeito quer muita coisa. Mas é preciso saber se tenho condições e apoio. Pior coisa é ser um general sem tropa”, definiu o correligionário de Maia.
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