Porto Alegre, 18 - Cerca de 30 outdoors com dizeres pedindo "Lula na cadeia" foram instalados em avenidas de grande circulação de Porto Alegre e outras cidades da região metropolitana. Os cartazes são assinados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua.
Iria Cabreira, uma das coordenadoras do Vem Pra Rua no Rio Grande do Sul, explica que a campanha é um ato de apoio ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), "que tem cumprido o seu papel". Lula será julgado pelo TRF-4 no caso do triplex do Guarujá (SP) na próxima quarta-feira, dia 24.
"Temos visto ataques ao trabalho da Justiça e apoio incondicional ao Lula, que já foi condenado em primeira instância. Precisamos mostrar que a população não está conivente com os crimes de corrupção, que o cidadão comum, que está trabalhando e lutando pela sua subsistência quer, sim, acabar com a corrupção e apoia, se for o caso, condenação, prisão, o que for, de qualquer um. Ninguém pode estar acima da lei", diz Iria Cabreira.
Os outdoors apresentam a imagem de Lula como presidiário, no estilo do Pixuleco, o boneco inflável que ficou conhecido em protestos contra Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff. Ao lado, há uma silhueta com o convite: "faça sua selfie aqui". A ideia é que as pessoas manifestassem seu apoio nas redes sociais, mas o movimento tem dificuldades para mensurar o sucesso da campanha, segundo Iria: "Muita gente não compartilha ou tira foto de dentro dos carros, já que em muitas avenidas não é fácil de parar".
A coordenadora afirma que uma vaquinha foi feita para suprir as despesas com a instalação dos outdoors, porém não informa o valor arrecadado. "Cada um de nós acaba doando, além do tempo, valores para as ações", resumiu.
O movimento Vem Pra Rua prepara um ato para a próxima terça-feira, 23, véspera do julgamento de Lula no TRF-4.
"Vai ser um evento pequeno, já que consideramos e avaliamos que um evento grande poderia implicar questões de segurança. Será um ato de apoio ao TRF-4 e à Justiça, para que continuem fazendo o seu trabalho e que não se tolere ameaças ou intimidações", finaliza Iria Cabreira.
(Taís Seibt, especial para a AE).