A direção do MDB divulgou nota nesta sexta-feira descartando a possibilidade de manter a aliança com o PT nas eleições de outubro deste ano. Atualmente o MDB faz parte da gestão petista com a indicação do vice-governador, Antônio Andrade – que já rompeu publicamente com o governador Fernando Pimentel (PT).
Dessa forma, o MDB alega que lançará um candidato que represente uma “alternativa” à atual gestão, “marcada pelos atrasos dos salários dos servidores, ausência de planejamento e pela falta de investimento no Estado. Além disso, em respeito aos 166 prefeitos, 118 vice-prefeitos, 1.060 vereadores, e diante do desejo da militância, razão da existência do partido, qualquer tese, será subordinada à convenção”, diz o texto.
De acordo com o texto, o MDB realizou uma série de encontros regionais no ano passado e foi acertada com a base do partido a candidatura própria à sucessão de Pimentel.
O deputado federal Rodrigo Pacheco (MDB) é um dos mais cotados para disputar a cadeira de governador. Sem citar qualquer nome, a nota do MDB diz que a legenda não terá uma candidatura “que seja um projeto individual voltado para beneficiar um ou outro membro do partido”.
No início dessa semana, Rodrigo Pacheco confimou que foi convidado para filiar-se ao DEM para disputar as eleições e disse que sua candidatura será marcada pela “independência, não terá padrinho político ou concentração de forças.
Em nota, o deputado afirmou ainda que a sua candidatura "se constituirá na soma de pessoas e esforços equivalentes, com um único sentido: o de resgatar Minas Gerais das muitas mazelas atuais, a partir de gestão pública planejada, combate ao desperdício do dinheiro público, cumprimento de obrigações, crescimento econômico e estado de bem-estar social".
Outro lado
A defesa da aliança com o PT é capitaneada pelas bancadas do MDB Câmara e na Assembleia Legislativa. Em fevereiro, tão logo termine o recesso do Legislativo, os parlamentares terão um encontro com o senador Romero Jucá, presidente nacional da legenda, para debater a sucessão em Minas.
"A executiva nacional vai determinar que cada estado faça o que achar melhor para o MDB. Os parlamentares, em sua maioria, defendem caminhar com o PT", afirmou o deputado Fábio Ramalho.