São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira, 22, que não precisaria ser o candidato do PT para a eleição presidencial deste ano, mas que pretende disputar o cargo porque seus adversários querem "alijá-lo" da disputa política. Discursando em um encontro com sindicalistas, organizado na sede do Instituto Lula, na zona sul da capital, o petista repetiu ainda o que disse em suas últimas aparições públicas e acusou seus opositores de "anestesiarem o País" com o discurso de que o PT era uma doença que precisava ser erradicada do País.
Criticando medidas adotas pelo governo do presidente Michel Temer, como a reforma trabalhista, Lula afirmou que são necessárias eleições diretas para passar o País a limpo. "Quem sabe até uma nova Constituinte", acrescentou. O petista ainda sinalizou que parte dos ataques que recebe são motivados pela desorganização entre seus opositores. "Eles estão numa situação muito difícil, com todas as pesquisas mostrando que estou à frente. E pior, eles ainda não têm candidato."
Segundo o líder petista, esse cenário estaria levando ao surgimento de nomes como a do apresentador de TV Luciano Huck, que, nas suas palavras, seria o candidato da Ambev, e de outras candidaturas "anti-Lula". "Foi assim com o Collor em 1989, e deu no que deu", ironizou.