São Paul - O presidente Michel Temer disse, em entrevista à RedeTV! exibida na noite desta segunda-feira, 5, que o MDB pensa em ter candidato próprio ao Planalto na eleição de outubro. Temer afirmou ainda que não pensa em ser candidato à reeleição e que a primeira-dama, Marcela Temer, não gostaria que ele se lançasse na disputa. A entrevista foi gravada na sexta-feira.
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Governo Temer dá últimas cartadas pela reforma da PrevidênciaMDB de Minas adia reunião para expulsar deputado que falou mal de TemerAliados tentam reunir Alckmin e TemerFilha de Temer defende legalização do aborto e das drogasTemer repetiu que é preciso ter um candidato "que defenda o legado" do governo, e mais uma vez desafiou opositores a discursarem contra sua gestão durante a campanha eleitoral. O emedebista evitou, no entanto, comentar cenários eleitorais.
Temer comentou sobre sua falta de popularidade. "Eu não quero unanimidade. o sujeito não vai com minha cara, paciência. Se tiver bons ouvidos, pode ouvir meus argumentos e começar a ir com a minha cara", comentou. Para Temer, a população "começa a sentir a partir de agora" os efeitos positivos de sua gestão.
Contas públicas
Durante a entrevista, o presidente admitiu que o governo poderá rever a regra de ouro. A norma impede o governo de tomar dívida para financiar gastos correntes. "Ao longo do ano, se for o caso, poderá haver alguma modificação, de natureza legislativa, constitucional."
Temer insistiu que o governo está reduzindo despesas e que, com a regra do teto de gastos, há a expectativa de o valor arrecadado se igualar ao valor gasto em aproximadamente dez anos.
Cristiane Brasil
Perguntado sobre a tentativa de nomear a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho, frustrada por uma sequência de decisões judiciais, Temer disse que vai aguardar a definição do Supremo Tribunal Federal (STF).
Semipresidencialismo
Defensor de uma mudança no formato de governo, Temer disse que é provável que sua gestão proponha, ainda em 2018, uma emenda constitucional para estabelecer o semipresidencialismo no País, para vigorar a partir de 2022. O presidente disse estar conversando com o ministro Gilmar Mendes, do STF, e com outros "companheiros" para formular o conteúdo da proposta. "A vantagem disso é que você divide responsabilidades com o Poder Legislativo, que seria mais atuante nas questões de governo."
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