A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quinta-feira, 8, o deputado federal João Rodrigues (PSD-SC), em cumprimento ao mandado de prisão determinado na quarta-feira (7) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar foi condenado em segunda instância a cinco anos e três meses em regime semiaberto por dispensa irregular de licitação.
Na quarta-feira (6), um dia depois de o STF mandar prendê-lo, o deputado disse que estava sendo usado de 'bode expiatório' para prender Lula. O ex-presidente foi condenado a 12 anos e um mês em segunda instância e, caso não consiga reverter a sentença, correr o risco também de ter sua prisão decretada.
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STF envia mandado de prisão do deputado João Rodrigues à Polícia FederalApós perder recurso, deputado se diz surpreso com decisão do STFSTF determina prisão imediata de deputado condenado em segunda instânciaJustiça fixa regras para deputado cumprir penaSegundo nota divulgada pela manhã, levantamento da Polícia Federal, com apoio das autoridades dos Estados Unidos e do Paraguai, identificou que o deputado estava no exterior e havia alterado seu bilhete de passagem, mudando o destino final do Brasil para o Paraguai.
"Com receio de que ocorresse a prescrição da execução da pena, prevista para a próxima segunda-feira (12), a Polícia Federal comunicou o fato ao Ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma do STF, que autorizou a inclusão em difusão vermelha no banco de dados da Interpol. Com base nisto, João Rodrigues foi impedido de entrar no Paraguai e tendo sido embarcado em voo rumo a Guarulhos/SP, onde foi preso", diz a nota da PF.
Em vídeo gravado e enviado pela defesa do deputado à imprensa, o próprio parlamentar fala sobre sua prisão.
Na quarta-feira, o advogado de defesa do deputado, Marlon Bertol afirmou que não havia previsão para a prisão acontecer e que apresentaria um pedido de suspensão do mandado ao STF. Ele disse que Rodrigues estaria no Brasil, mas sem informar em qual cidade.
No vídeo, o deputado João Rodrigues afirma que seus advogados trabalharão para reverter o caso. "Até porque meu caso não tem dano, não tem desvio de dinheiro, não tem rombo.