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Estado de Minas

Pressionado, Temer reduz número de servidores que vão à praia com ele no carnaval

Presidente corta de 60 para 40 número de servidores que vão viajar com ele e família para Restinga de Marambaia


postado em 09/02/2018 06:00 / atualizado em 09/02/2018 07:31

 

Primeira-dama Marcela Temer chegou a pedir 20 servidores do Palácio do Jaburu para acompanhá-la (foto: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)
Primeira-dama Marcela Temer chegou a pedir 20 servidores do Palácio do Jaburu para acompanhá-la (foto: ANTÔNIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL)

Brasília – A repercussão negativa do grande número de pessoas na comitiva palaciana para passar o carnaval na base naval na Restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro, levou o presidente Michel Temer a reduzir sua entourage de 60 para 40 pessoas. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que Temer decidiu passar o recesso da folia com a família levando menos funcionários, conforme orientação repassada ao Gabinete de Segurança Institucional. Para transportar 60 pessoas, entre seguranças, cozinheiros, garçons, copeiras,camareiras e babá, entre outros servidores, a Força Aérea Brasileira (FAB) teria de fazer dois voos entre Brasília e o Rio. Apenas a primeira-dama Marcela Temer chegou a pedir o acompanhamento de 20 funcionários do Palácio do Jaburu.

“Primeiro, não vão 60 pessoas, irá um contingente menor. Quando surgiu o assunto na mídia, o presidente chamou quem organizou a caravana e pediu: “Nós vamos reduzir esse número de pessoas para o mínimo indispensável”, afirmou o ministro Padilha. Segundo ele, mais da metade desse contingente é formada por seguranças, que trabalham com o presidente em Brasília e vão juntos no avião. “O segurança não trabalha 24 horas, ele trabalha oito horas, depois oito horas, depois oito horas. Então, precisa de três pessoas para o mesmo dia”, justificou Padilha.

Mas com a nova decisão de Temer, o número de integrantes da equipe presidencial caiu para cerca de 40 funcionários. Para ele, o número de integrantes da viagem é comum nos deslocamentos do presidente e sua família. “Deve baixar para em torno de 40. Importante é que não está sendo contratado ninguém. E não é o presidente Michel Temer, é a Presidência da República. E isso já existia com outros presidentes, mas não veio a público”, afirmou Padilha.

“Na base naval não tem ninguém, então leva cozinheiro, pessoa que cuida da arrumação da casa. Não está contratando ninguém. É o pessoal que serve o presidente aqui em Brasília e que vai com ele nessa viagem. Não sei porque veio a público isso agora, porque esta é a rotina de todos os presidentes. Esse staff acompanha todos os presidentes”, disse também.

VIAGENS Na última terça-feira, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que o planejamento e a execução das viagens presidenciais “impõem desdobramento de meios, estruturas e pessoal que assegurem o exercício das prerrogativas do presidente da República”. O GSI não se manifestou sobre detalhes da viagem presidencial a Restinga de Marambaia, mas afirmou, em nota, que “os protocolos e o efetivo empregados serão mantidos e já foram utilizados, no todo ou em parte, em viagens presidenciais anteriores”.

Michel Temer passou o réveillon de 2016 na base administrada pela Marinha, onde a segurança fez abordagem de barcos que navegavam na região. A iniciativa foi estratégia para garantir a privacidade de Temer e da família e evitar que fossem fotografados durante o descanso. O presidente chegou a pensar em repetir o destino nos festejos do último ano-novo, mas desistiu porque se recuperava de cirurgia para tratar problema na uretra. Ele passou por três cirurgias no último trimestre do ano: duas urológicas e uma cardíaca.


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