Brasília - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta segunda-feira (19) que as operações da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro vão exigir mandados de busca e apreensão coletivos. Na prática, isso significa que residentes em áreas inteiras, como ruas ou bairros, poderão ter as residências invadidas por operações das forças de segurança.
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"Algum desconforto vai existir", diz porta-voz do Exército sobre intervençãoSem Previdência, intervenção vira 'última cartada' de TemerDilma diz que mandados coletivos para o Rio 'aprofundam estado de exceção'Jungmann participou de uma reunião, no Palácio da Alvorada, com integrantes dos conselhos da República e da Defesa Nacional, convocada por Michel Temer, para discutir a intervenção. Participaram ministros de Estado, os presidentes da Câmara e do Senado e parlamentares do Congresso.
"Na realidade urbanística do Rio de Janeiro, você muitas vezes sai com uma busca e apreensão numa casa, numa comunidade e o bandido se desloca. Então, você precisa ter algo que é, exatamente um mandado de busca e apreensão e captura coletivo, que já existiu, que já foi feito em outras ocasiões, ele precisa voltar para uma melhor eficácia do trabalho a ser desenvolvido", afirmou o ministro."Em lugar de você dizer, por exemplo, rua tal, número tal, você vai dizer, digamos uma rua inteira, uma área, um bairro. Aquele lugar ali é possível de ter um mandado de busca e apreensão dentro de todos os procedimentos legais", completou Jungmann.
De acordo com Jungmann, o uso desse tipo de mandado será feito com “máxima transparência”, participação do Ministério Público e aval do Judiciário. Ele foi questionado se a medida seria uma "carta branca" para militares.
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