O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, desistiu de indicar a filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), para o Ministério do Trabalho. Agora, o partido vive um novo impasse: quem designar para o cargo. A principal questão é que a maioria dos deputados pretende disputar a reeleição, o que deixaria a legenda com poucas possibilidades de escolha, uma vez que o prazo para desincompatibilização está cada vez mais próximo: 7 de abril.
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Cristiane Brasil pede que STF defina 'logo' questão da posseMovimento de advogados comemora decisão de Cármen Lúcia contra Cristiane BrasilCármen Lúcia mantém suspensa posse de Cristiane BrasilCristiane Brasil diz que 'machismo' a impediu de assumir Ministério do TrabalhoNomeação de Cristiane Brasil como ministra do Trabalho é anuladaDecisão do PTB visa proteger integridade de Cristiane, diz JeffersonCristiane trabalhará para que o ministro interino, Helton Yomura ligado a ela, seja efetivado na função, mas essa opção enfrenta resistência dentro da bancada na Câmara. Um dos nomes que ganhou força nas últimas semanas foi o do deputado Jorge Corte Leal (PTB-PE). Leal, no entanto, afirmou à reportagem que pretende disputar a reeleição e que não teria como permanecer à frente do ministério apenas por um mês.
Essa também é a situação do deputado Alex Canziani (PTB-PR), que também é cotado como candidato, mas que também não quer abrir mão de disputar a eleição. Sobram, portanto, poucos nomes na bancada que não tenham ambições eleitorais. Um deles é o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), que ficou conhecido por se "lixar" para a opinião pública, o que poderia causar um novo desgaste para a sigla.
Outro é o do deputado Josué Bengtson (PTB-PA), mas ele também teria sinalizado que não está muito disposto a assumir o ministério.
Jefferson e Cristiane devem se reunir com o presidente Michel Temer para discutir um novo nome esta semana. Uma reunião com a bancada da Câmara também deve ser realizada. Na semana passada, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, determinou que a competência para julgar o caso é da Corte, e não do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que havia liberado a posse da deputada do PTB do Rio como ministra. Na prática, até que o plenário do STF julgasse o caso, Cristiane ficaria impedida de assumir o ministério. .